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22/05/2003
-
14h00
O escritor brasileiro Paulo Coelho, que está em Cannes, entra com prudência no mundo do cinema, que conhece pouco e do qual desconfia. Ao rever a promessa que havia feito de que não voltaria a ceder nunca mais os direitos de seus livros para adaptações cinematográficas, Paulo Coelho foi seduzido pelo "belo projeto" do ator americano Laurence Fishburne ("Matrix", "Otelo"), que pretende transformar "O alquimista" em filme.
Inicialmente prevista para acontecer durante o Festival de Cannes, a reunião entre o escritor e o ator para acertar os detalhes de sua colaboração foi adiada para o início de junho e acontecerá em Paris. A modificação ocorreu por causa dos problemas de agenda dos envolvidos.
No entanto, Paulo Coelho não quis perder o Festival de Cannes, do qual participa como "observador atento, e feliz por ver a arte servir de ponte entre diferentes culturas, indo além das divisões, pois continua existindo um mundo simbólico comum que resiste", disse.
"Com pesar, vendi os direitos de meu primeiro livro à Warner. Me senti mal durante algum tempo. Hoje, me sinto realmente entusiasmado, porque encontrei em Fishburne o interlocutor ideal, com quem me sinto em osmose intelectual", explicou Coelho.
"Já tive um sentimento igual de confiança com (o diretor francês) Claude Lelouch, mas a Warner rejeitou seu nome", acrescentou.
O escritor se mostra reservado a respeito da adaptação para o cinema de uma obra literária. "O livro e o filme são dois meios diferentes. Um bom livro não se torna necessariamente um bom filme", afirmou.
Para Paulo Coelho, que só cedeu até o momento os direitos cinematográficos de "O alquimista", o melhor filme que pode ser feito a partir de seus livros não seria mais do que uma pálida cópia do que o leitor imagina. "Graças à imaginação, o diretor é o leitor. Isso é o que me interessa", disse.
Porém, o escritor, que já vendeu 40 milhões de livros no mundo, "só espera ser convencido pelo cinema, como ocorreu com Laurence Fishburne. Apenas um encontro excepcional poderia me convencer", acrescentou.
"Gostaria de algum dia tentar escrever um roteiro. Acabo de descobrir um mundo que não conheço. Em Cannes, estou aprendendo a visão que os cineastas têm da vida", declarou Coelho.
"Há dois dias vivo com o Festival de Cannes uma experiência extraordinária. As pessoas são abertas. Talvez seja por causa do mar e do sol...", disse.
Além de sua presença no Festival, Paulo Coelho reservou para Cannes a primeira sessão de autógrafos de seu último livro, "Onze minutos".
Especial
Saiba mais sobre a 56º edição do Festival de Cannes
Paulo Coelho está em Cannes para ser convencido pelo cinema
da France PresseO escritor brasileiro Paulo Coelho, que está em Cannes, entra com prudência no mundo do cinema, que conhece pouco e do qual desconfia. Ao rever a promessa que havia feito de que não voltaria a ceder nunca mais os direitos de seus livros para adaptações cinematográficas, Paulo Coelho foi seduzido pelo "belo projeto" do ator americano Laurence Fishburne ("Matrix", "Otelo"), que pretende transformar "O alquimista" em filme.
Inicialmente prevista para acontecer durante o Festival de Cannes, a reunião entre o escritor e o ator para acertar os detalhes de sua colaboração foi adiada para o início de junho e acontecerá em Paris. A modificação ocorreu por causa dos problemas de agenda dos envolvidos.
No entanto, Paulo Coelho não quis perder o Festival de Cannes, do qual participa como "observador atento, e feliz por ver a arte servir de ponte entre diferentes culturas, indo além das divisões, pois continua existindo um mundo simbólico comum que resiste", disse.
"Com pesar, vendi os direitos de meu primeiro livro à Warner. Me senti mal durante algum tempo. Hoje, me sinto realmente entusiasmado, porque encontrei em Fishburne o interlocutor ideal, com quem me sinto em osmose intelectual", explicou Coelho.
"Já tive um sentimento igual de confiança com (o diretor francês) Claude Lelouch, mas a Warner rejeitou seu nome", acrescentou.
O escritor se mostra reservado a respeito da adaptação para o cinema de uma obra literária. "O livro e o filme são dois meios diferentes. Um bom livro não se torna necessariamente um bom filme", afirmou.
Para Paulo Coelho, que só cedeu até o momento os direitos cinematográficos de "O alquimista", o melhor filme que pode ser feito a partir de seus livros não seria mais do que uma pálida cópia do que o leitor imagina. "Graças à imaginação, o diretor é o leitor. Isso é o que me interessa", disse.
Porém, o escritor, que já vendeu 40 milhões de livros no mundo, "só espera ser convencido pelo cinema, como ocorreu com Laurence Fishburne. Apenas um encontro excepcional poderia me convencer", acrescentou.
"Gostaria de algum dia tentar escrever um roteiro. Acabo de descobrir um mundo que não conheço. Em Cannes, estou aprendendo a visão que os cineastas têm da vida", declarou Coelho.
"Há dois dias vivo com o Festival de Cannes uma experiência extraordinária. As pessoas são abertas. Talvez seja por causa do mar e do sol...", disse.
Além de sua presença no Festival, Paulo Coelho reservou para Cannes a primeira sessão de autógrafos de seu último livro, "Onze minutos".
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