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23/05/2003
-
06h27
Entre os fatos revelados em "The Fog of War" (documentário que dá voz a Robert McNamara) está uma informação literalmente bombástica. Pela primeira vez, vem à tona a real dimensão dos ataques ao Japão que precederam o despejo de bombas atômicas em Hiroshima e Nagazaki.
Meses antes dos fatídicos dias de agosto de 1945, aviões B-29 despejaram toneladas de bombas incendiárias em 65 cidades japonesas, Tóquio inclusive. McNamara calcula que pelo menos 1 milhão de civis tenham sido aniquilados, revelação que deverá provocar, no mínimo, uma recontagem das vítimas da Segunda Guerra. "McNamara nos contou essa história nos primeiros cinco minutos de entrevista. Custei a acreditar", contou o cineasta Errol Morris, 55, no debate após a projeção do filme em Cannes.
Não é sem remorso que McNamara faz essa revelação. Apesar de empurrar parte da culpa para o general Curtis LeMay, ele não se exclui do planejamento dos ataques, que faziam parte de uma estratégia para diminuir as baixas americanas. Em seguida, ele chega a se perguntar por que apenas os perdedores são considerados criminosos de guerra.
Jovem prodígio da Business School de Harvard, McNamara foi contratado para implementar o departamento de Controle Estatístico da Aeronáutica. Depois da guerra, trabalhou para a Ford e, em 1961, juntou-se à equipe do recém-eleito John F. Kennedy como secretário de Segurança.
Até hoje, McNamara é considerado o grande vilão da guerra do Vietnã, da qual de fato foi um dos principais estrategistas, mas o documentário lhe dá uma chance de defesa. Na verdade, McNamara teria defendido a retirada das tropas americanas do país. Gravações inéditas de conversas telefônicas entre McNamara e Lyndon Johnson corroboram a tese.
Especial
Saiba mais sobre a 56º edição do Festival de Cannes
Robert McNamara fala de 1 milhão de mortos no Japão
da Folha de S.PauloEntre os fatos revelados em "The Fog of War" (documentário que dá voz a Robert McNamara) está uma informação literalmente bombástica. Pela primeira vez, vem à tona a real dimensão dos ataques ao Japão que precederam o despejo de bombas atômicas em Hiroshima e Nagazaki.
Meses antes dos fatídicos dias de agosto de 1945, aviões B-29 despejaram toneladas de bombas incendiárias em 65 cidades japonesas, Tóquio inclusive. McNamara calcula que pelo menos 1 milhão de civis tenham sido aniquilados, revelação que deverá provocar, no mínimo, uma recontagem das vítimas da Segunda Guerra. "McNamara nos contou essa história nos primeiros cinco minutos de entrevista. Custei a acreditar", contou o cineasta Errol Morris, 55, no debate após a projeção do filme em Cannes.
Não é sem remorso que McNamara faz essa revelação. Apesar de empurrar parte da culpa para o general Curtis LeMay, ele não se exclui do planejamento dos ataques, que faziam parte de uma estratégia para diminuir as baixas americanas. Em seguida, ele chega a se perguntar por que apenas os perdedores são considerados criminosos de guerra.
Jovem prodígio da Business School de Harvard, McNamara foi contratado para implementar o departamento de Controle Estatístico da Aeronáutica. Depois da guerra, trabalhou para a Ford e, em 1961, juntou-se à equipe do recém-eleito John F. Kennedy como secretário de Segurança.
Até hoje, McNamara é considerado o grande vilão da guerra do Vietnã, da qual de fato foi um dos principais estrategistas, mas o documentário lhe dá uma chance de defesa. Na verdade, McNamara teria defendido a retirada das tropas americanas do país. Gravações inéditas de conversas telefônicas entre McNamara e Lyndon Johnson corroboram a tese.
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