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27/05/2003
-
03h55
da Folha de S.Paulo
Leia a seguir outros trechos da entrevista com o baixista Shavo Odadjian, da banda System of a Down.
Folha - "Steal This Album!" fala em 16 canções "inéditas". Acredita que seja ainda possível usar esse termo quando discos inteiros vazam pela internet semanas antes de seu lançamento?
Shavo Odadjian - Possível é, mas muito difícil. O que acontece geralmente é que a música vaza por alguém que trabalha no estúdio de gravação, que passa para um amigo, o amigo passa para outro, que põe na internet etc. No começo, isso nos incomodava, mas agora não nos importamos muito, contanto que você ouça e fique satisfeito, a música vem antes.
Folha - Você é partidário dos argumentos do anticopyright (ou copyleft)?
Odadjian - Tenho sentimentos muito confusos a esse respeito. Sendo um artista, acho injusto que nossa música seja explorada de um modo que não gostaríamos que fosse. Mas, como fã e ouvinte, acho importante que tenham acesso a ela.
Folha - Você baixa músicas pela internet?
Odadjian - Não. Só faço download das coisas que não tenho como comprar. Não estou dizendo que baixar música é o mal em si. Só discordo. Pessoalmente, se quero um álbum, vou comprar, como fiz com o novo do Deftones, que acabou de sair. O empresário deles é o mesmo que o meu (risos), mas, mesmo assim, preferi apoiar, porque eu posso. Mas não vou condenar aquele garoto que não tem os US$ 15 na carteira. Ele também merece ouvir a música.
Folha - De que época são as faixas de "Steal This Album!"? Por que lançá-las só agora?
Odadjian - São músicas de quatro ou cinco anos atrás. Queríamos lançá-las em "Toxicity" ou em discos anteriores, mas nunca havia espaço para elas. Um bom álbum deve ser encarado como um quadro, você não pode colocar muitos elementos senão estraga. Sempre comparo com discos de hip hop, que têm sempre de 17 a 20 músicas, e você só se lembra de quatro ou cinco. Você mal ouve todas elas, vai pulando. Tentamos fazer um álbum em que você aperta "play" e não precisa apertar "stop" ou "ffw".
Folha - Sobraram algumas?
Odadjian - Sim. E ninguém as tem. Só nós! Provavelmente umas cinco ou mais. Estaremos prontos para começar a fazer um disco novo em breve. Vamos entrar no estúdio neste verão [americano].
Folha - E, depois disso, vocês vêm ao Brasil?
Odadjian - Provavelmente no ano que vem. Assim que estivermos com esse material gravado, vamos tentar passar por aí.
Baixista defende o direito de baixar músicas na internet
DIEGO ASSISda Folha de S.Paulo
Leia a seguir outros trechos da entrevista com o baixista Shavo Odadjian, da banda System of a Down.
Folha - "Steal This Album!" fala em 16 canções "inéditas". Acredita que seja ainda possível usar esse termo quando discos inteiros vazam pela internet semanas antes de seu lançamento?
Shavo Odadjian - Possível é, mas muito difícil. O que acontece geralmente é que a música vaza por alguém que trabalha no estúdio de gravação, que passa para um amigo, o amigo passa para outro, que põe na internet etc. No começo, isso nos incomodava, mas agora não nos importamos muito, contanto que você ouça e fique satisfeito, a música vem antes.
Folha - Você é partidário dos argumentos do anticopyright (ou copyleft)?
Odadjian - Tenho sentimentos muito confusos a esse respeito. Sendo um artista, acho injusto que nossa música seja explorada de um modo que não gostaríamos que fosse. Mas, como fã e ouvinte, acho importante que tenham acesso a ela.
Folha - Você baixa músicas pela internet?
Odadjian - Não. Só faço download das coisas que não tenho como comprar. Não estou dizendo que baixar música é o mal em si. Só discordo. Pessoalmente, se quero um álbum, vou comprar, como fiz com o novo do Deftones, que acabou de sair. O empresário deles é o mesmo que o meu (risos), mas, mesmo assim, preferi apoiar, porque eu posso. Mas não vou condenar aquele garoto que não tem os US$ 15 na carteira. Ele também merece ouvir a música.
Folha - De que época são as faixas de "Steal This Album!"? Por que lançá-las só agora?
Odadjian - São músicas de quatro ou cinco anos atrás. Queríamos lançá-las em "Toxicity" ou em discos anteriores, mas nunca havia espaço para elas. Um bom álbum deve ser encarado como um quadro, você não pode colocar muitos elementos senão estraga. Sempre comparo com discos de hip hop, que têm sempre de 17 a 20 músicas, e você só se lembra de quatro ou cinco. Você mal ouve todas elas, vai pulando. Tentamos fazer um álbum em que você aperta "play" e não precisa apertar "stop" ou "ffw".
Folha - Sobraram algumas?
Odadjian - Sim. E ninguém as tem. Só nós! Provavelmente umas cinco ou mais. Estaremos prontos para começar a fazer um disco novo em breve. Vamos entrar no estúdio neste verão [americano].
Folha - E, depois disso, vocês vêm ao Brasil?
Odadjian - Provavelmente no ano que vem. Assim que estivermos com esse material gravado, vamos tentar passar por aí.
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