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18/06/2003 - 10h26

Outro Canal: Globo vai tocar em rádio comunitária

DANIEL CASTRO
Colunista da Folha de S.Paulo

A TV Globo está fazendo parcerias com rádios comunitárias legalizadas para executar nessas emissoras o áudio de alguns de seus programas de televisão.

Oficialmente, o objetivo da Globo é atingir moradores de favelas e comunidades carentes que não têm televisores. Outra intenção é tornar disponível seus programas a pessoas que têm televisor, mas que não podem assisti-los nos horários em que são exibidos na televisão porque estão trabalhando ou porque têm de dormir cedo.

O projeto da Globo começa a ser implantado no final deste mês em 300 FMs comunitárias do Estado do Rio de Janeiro. Serão fornecidos os áudios de programas como "Vídeo Show", "Zorra Total", "Casseta & Planeta - Urgente!", "A Grande Família" e "Sítio do Picapau Amarelo". Se der certo, será ampliado para todo o país.

As FMs terão de transmitir os programas em horários alternativos aos da TV Globo. A emissora irá distribuí-los por e-mail, em formato MP3. Existem hoje cerca de 15 mil rádios comunitárias no país, das quais apenas cerca de 10% delas já estão legalizadas. Por lei, suas coberturas se restringem a um raio de um quilômetro.

Poupança 1

O apresentador Gugu Liberato se prepara para investir cerca de R$ 3 milhões nas instalações da concessão de TV que comprou no final de 2001, antes da aprovação pelo Congresso Nacional, em Cuiabá (MT). É um bom valor para a média das emissoras de cidades de médio porte.

Poupança 2

A concessão de Liberato em Cuiabá, no entanto, foi cancelada no ano passado pelo Ministério das Comunicações, porque a legislação não permite a transferência de concessões antes do início de suas operações. O apresentador recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, que deve julgar o caso no próximo dia 25.

Roda e avisa

A Globo já está vendendo no mercado publicitário uma cota nacional de patrocínio de "Os Simpsons", que tirou do SBT. O desenho animado estréia dia 5, às 11h30.

Peroba 1

Temendo ser surpreendida pela imprensa de que exibiu um caso forjado --o de uma "mãe" que disse que namorou, sem saber, o próprio "filho"--, Márcia Goldschmidt, da Band, tomou a iniciativa de expor no ar que tudo foi uma grande mentira.

Peroba 2

Goldschmidt disse que não sabia, que foi enganada pelos "atores". A pergunta que não quer calar: como um programa que não checa o que exibe pode se chamar "Hora da Verdade"?
 

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