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07/07/2003 - 06h28

Fashion Week põe a moda na boca do Brasil

da Folha de S.Paulo

Primeiro dia. Segunda-feira. Gisele Bündchen está no prédio da Bienal. A tradicional ansiedade no backstage. Mas o primeiro desfile é de Ricardo Almeida. Junior, o irmão de Sandy, está lá. Quem causa frisson é o ator Fábio Assumpção, que chega para o desfile da marca de moda praia Cia. Marítima. Gisele não entra nunca, causando vários buracos na passarela. Lá vem ela, o andar poderoso, o corpo perfeito. Faz três entradas, mas nenhuma mexe com o público -somente com os fotógrafos, os cliques batendo nervosos, os flashes. A fórmula, entretanto, cansou.

A modelo Isabelli Fontana, que a São Paulo Fashion Week viu adolescer, emociona o público pela primeira vez, mostrando seu lindo bebê Zion para a campanha Natal dos Sonhos, de sua agência, antes da Carlota Joakina. A Vide Bula faz festa com patinadores na passarela, mais animados que as modelos. O estilista mineiro Ronaldo Fraga transporta o público para o Vale do Jequitinhonha, com lindas bonecas de barro em cândidos vestidos. É o Brasil na moda.

Segundo dia. Marcelo Sommer aciona o lúdico, com um escorregador, por onde ele mesmo desce ao final do desfile. No parque Ibirapuera, impossível estacionar. Naomi Campbell, que perdera o vôo, chega em cima do desfile da Rosa Chá. O que não tira sua simpatia. Seu amor pelo Brasil foi retribuído pelo público, que a aplaude. Na primeira fila, Sandy assiste, olhos arregalados, ao abusado desfile da marca. Show de neon e de corpos perfeitos. Joana Prado, saradézima, assiste à Triton, que brinca de retrô. Champanhe é a bebida fashion oficial, mas as flutes não rolam mais soltas pelo evento. Tempos bicudos. Os convidados vão de um lounge para o outro, em busca do líquido de ouro da moda.

Terceiro dia, quarta-feira. Alexandre Herchcovitch surpreende de novo, brasileiríssimo, com sua interpretação de vestidos caipiras. Na primeira fila, Clodovil entrega um arranjo de flores ao estilista.

Lino Villaventura, por sua vez, deixa o Brasil e traz clones de Diana Vreeland, turbantes e glamour. O estilista Rodrigo Fraga passeia de bicicleta na garupa de Cazé, buzinando. Delícia.

A presença da prefeita Marta Suplicy tumultua o desfile de Reinaldo Lourenço. Quando ela finalmente aparece, o público grita. Dia badalado. Na Forum, a primeira fila tem desde o Expedito da novela até Nizan Guanaes. A essa altura, o atraso na Zoomp bate uma hora e meia.

Quarto dia, quinta. Gloria Coelho faz roupas de doce e chocolate; a UMA mostra São Paulo. Caio Gobbi faz show de drag e jeans. Raquel Zimmerman é a modelo mais linda da SPFW, fazendo até desfiles masculinos, como o da Forum e o de Herchcovitch, que deixa os fashionistas em estado de graça.

Depois de seu verão só com louros, o inverno da Osklen traz o ideal olímpico, com vídeo inspirado em Leni Riefenstahl.

Quinto dia, sexta. A banda de electro-rock Plitzie toca ao vivo na passarela da Zapping, com a Rainbow Generation pulando com os modelos adolescentes. A homenagem a Gabriella Pascolato, decana da indústria têxtil brasileira e mãe da musa Costanza, emociona.

Na Pôko Pano, algodão doce e pipocas. Depois, um outsider tem 15 segundos de fama ao invadir a passarela com uma placa pedindo atenção para um calouro de Raul Gil. Bizarro.

Sexto dia, sábado. Palmas para a Cavalera, com Perla interpretando Shiva, Sidney Magal e o humorista Hélio de la Peña estrelando o delírio indiano da estilista Thaís Losso, que termina numa festa de casamento. Mais escapista, impossível.

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