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09/08/2003 - 22h15

Globo exibe polêmica cena de tiroteio em "Mulheres Apaixonadas"

da Folha Online

A Rede Globo exibiu hoje a polêmica cena da morte da personagem Fernanda (Vanessa Gerbelli) na novela "Mulheres Apaixonadas", vítima de uma bala perdida proveniente de um tiroteio entre policiais e assaltantes, no Rio de Janeiro.

Além da atriz, participaram da cena os atores Tony Ramos, que interpreta o músico Téo, e Felipe Porto e Jota Farias, no papel dos dois assaltantes. Outras 400 pessoas foram envolvidas na gravação, entre produtores, seguranças e figurantes. A sequência começou a ir ao ar no final do capítulo de sábado e teve oito minutos de duração.

Nas cenas, os personagens Téo e Fernanda ficaram presos num engarrafamento, no momento em que os dois ladrões assaltam um mercado. Os criminosos trocam tiros com policiais militares.

Ao entrarem em uma rua engarrafada, Téo e Fernanda percebem que um supermercado está sendo assaltado. A polícia persegue os bandidos e Téo tenta proteger Fernanda, mas é atingido de raspão na nuca. Os bandidos atiram em Fernanda, que é atingida no ombro e no peito.

Criança Esperança

Após exibir a novela, a emissora iniciou o "Criança Esperança" repetindo a mesma cena. O ator José Mayer, que interpreta o médico César na novela, abriu o programa com a frase "é impossível não deixar de se indignar". A atriz Bruna Marquezini, de 7 anos, que tem o papel de Salete, a filha da personagem Fernanda, também discursou contra a violência.

O objetivo do autor do folhetim, Manoel Carlos, era fazer uma crítica à violência no Rio. Mas a gravação da cena enfrentou protestos da indústria do turismo. A Associação Brasileira da Indústria Hoteleira e o Sindicato de Hotéis, Restaurantes e Bares do Rio afirmou que o episódio reforçaria a imagem de insegurança e usou como argumento estatísticas de que o bairro do Leblon é um dos mais seguros da cidade.

A gravação da morte da personagem havia sido proibida pelo subprefeito da zona sul do Rio de Janeiro, Cláudio Versiani. Ele negou autorização alegando que a cena, gravada na rua Dias Ferreira, no Leblon, atrapalharia o trânsito. Depois, o prefeito Cesar Maia (PFL), que estava em Barcelona (Espanha) na ocasião, acabou liberando a gravação.

A cena

A cena foi gravada em três dias. Cerca de 400 pessoas foram envolvidas na gravação. Dessas, 130 na produção, 120 figurantes com veículos, cem figurantes como pedestres, e outros 50 seguranças, policiais e membros da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) do Rio, que monitoraram o bloqueio das duas quadras da rua Dias Ferreira, no bairro do Leblon.

Os figurantes receberam R$ 42 como cachê pela participação na gravação. Com o desconto de 11% do ISS (Imposto Sobre Serviços), R$ 37,38 para cada um. Os que levaram seus próprios carros ganharam R$ 108.
 

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