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10/08/2003 - 07h21

Luciana Gimenez: Quinze (mil) minutos de fama

LAURA MATTOS
da Folha de S.Paulo

Ela olha para a câmera errada, dá foras com os convidados e não se cansa de comentar: "impressionante" e "legal isso, né?!".

Em sua estréia como apresentadora de TV, há dois anos e meio, Luciana Gimenez, 33, tinha toda a pinta de quem não passaria dos 15 minutos de fama propagados por Andy Warhol (1928-1987).

Mas ela sobreviveu, tornou-se o maior faturamento com merchandising da Rede TV!, um dos mais altos salários da emissora (que pode estar beirando R$ 200 mil mensais, incluindo publicidade) e hoje está diante de um fenômeno: a maioria de seus telespectadores faz parte da elite do país.

De acordo com levantamento do Ibope de junho, 42% do público do "Superpop" é da classe AB, 38,5% da C e 19,5% da DE.

Recheado de jogadores de futebol, modelos e outras "celebridades", o programa tem média de três a quatro pontos e chega a registrar picos de dez (cada ponto equivale a 48,5 mil domicílios na Grande São Paulo), sendo um dos mais competitivos do canal.

Assim, Luciana acredita viver pela primeira vez boa fase com a opinião pública. Não é mais a desconhecida filha da atriz Vera Gimenez, a modelo que engravidou de Mick Jagger, a que ganhou um programa só por isso, a apresentadora desastrada.

Ao rir no ar das besteiras que deixa escapar e até criar um quadro só com suas gafes, Luciana parece ter desarmado seus críticos. "Errar faz parte, e esse é meu charme. Todo mundo erra: a classe A, B, C e D. Talvez pela minha simplicidade, tenha pegado essa galera [AB] até meio desprevenida. Assistiram e gostaram. Não falei assim: 'Vamos ser chiques'."

Recém-adepta do divã (está na quarta sessão de psicanálise), avalia que o segredo do sucesso está no fato de ser "desligada, brincalhona" e de usar as fraquezas em benefício próprio, o que define como "inteligência social".

"Quando comecei a apresentar o "Superpop", senti uma certa resistência. As pessoas têm medo do desconhecido. Agora, vejo uma aceitação enorme, me elogiam. Acho que se sentem culpadas por ter falado mal."

Hoje, Luciana Gimenez vive com ares de "popstar" internacional. Leva frequentemente o filho, Lucas, 4, para visitar o pai roqueiro, anda cercada por assistentes (assessor de imprensa, motorista, cabeleireiro) e tem um helicóptero da Rede TV! à sua disposição -inclusive para seus atrasos.

E quer mais: tenta descolar uma participação em filme de cineasta famoso e quer gravar um CD ("não canto muito bem, mas é questão de aprender, né?!"). Sem falar da dúvida entre aceitar uma tentadora proposta para posar nua na "Playboy" ou investir num projeto de apresentar um programa infantil.

Enquanto pedalava na ergométrica de uma descolada academia da zona sul de São Paulo, na última semana, Luciana conversou com a Folha sobre ibope, Mick Jagger, tablóides, Madonna, gafes, política nacional e seus dilemas.
 

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