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18/09/2003 - 16h48

Grupos de discussão definem roteiro do filme "Dom"

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CARLA NASCIMENTO
da Folha Online

Estréia amanhã, em circuito comercial, o filme "Dom", do diretor natalense Moacyr Góes, que faz sua estréia em longas-metragens com uma "livre inspiração" do romance "Dom Casmurro", de Machado de Assis (1839-1908).

O filme, que estréia com 80 cópias, é uma produção da Diler & Associados, produtora que tem no currículo quatro das sete maiores bilheterias do cinema nacional, em número de espectadores: "Xuxa e os Duendes" (2,6 mi), "Pop Star" (2,4 mi), "Xuxa e os Duendes 2" (2,3 mi) e "Xuxa Requebra" (2,1 mi).

Apesar do histórico da produtora nas bilheterias, "Dom" é um filme de porte médio, feito para um público de 500 mil espectadores.

"Nós sabemos que esse público tem um dimensionamento. É um filme para 500 mil espectadores. É um gênero que faz falta no Brasil, onde há filmes que fazem de 100 mil a 150 mil espectadores ou mais de 1 milhão. A faixa de filme que vai de 400 mil a 900 mil faz falta", afirma Diler Trindade, sócio majoritário da produtora.

Contudo, se o público-alvo de "Dom" é bem menor do que as produções realizadas com Xuxa Meneghel, isso não significa que os cuidados para garantir a bilheteria estimada sejam menores.

Do roteiro à escolha do final do filme a produção foi norteada pelos grupos de discussão realizados com jovens que tinham o mesmo perfil do público-alvo.

A intenção, de acordo com o produtor, não era fazer um filme voltado para os leitores de livros ou pessoas intelectualizadas. "Nós queríamos fazer o filme para o público que mais frequenta o cinema, que é o jovem-adulto, de 18 a 25 anos de idade", diz.

Para isso, a produção acredita ter reunido os ingredientes que considera interessantes para atrair esse público. O primeiro deles foi a opção por não fazer um filme de época. Segundo pesquisa feita pela produtora, os jovens não gostam desse gênero.

Norteado por esse dado, o filme se passa entre Rio e São Paulo de hoje, onde Ana (Capitu) tenta seguir a carreira de atriz, Miguel (Escobar) é um produtor de videoclipes e Bento é engenheiro.

Outro fator que, segundo a produtora, pode ser uma promessa de sucesso do filme nas bilheterias, passou pela escolha dos atores, que não foi feita por meio de pesquisa, mas preenche um requisito considerado fundamental: a popularidade.

"Queríamos uma grande estrela que tivesse olhos de ressaca e fosse uma grande atriz. Também queríamos que o ator que fizesse o papel do Bento fosse um ídolo nacional, grande ator e que fizesse pela primeira vez um personagem contido", diz Diler referindo-se aos atores Maria Fernanda Cândido, que faz o papel de Ana, que seria a Capitu do livro, e Marcos Palmeira, que faz o papel-título.

A presença da banda Capital Inicial no filme também faz parte da estratégia usada para atrair o público. "Nós colocamos o personagem Miguel, que seria o Escobar do livro, como produtor de videoclipes, o que nos facilitou ter uma banda no filme. Além disso, nós ouvimos desse público qual seria a banda de agrado deles", diz o produtor.

Os grupos de discussão, que reuniram jovens de 18 a 25 anos, das classes A e B, com nível universitário, foram determinantes para a escolha do final da história. "Pensamos em um final feliz para o Bento acreditando que iríamos agradar as mulheres, mas elas não aprovaram e nós mudamos o final".

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