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26/09/2003 - 12h37

Capital Inicial incentiva rock brasiliense a la anos 80 em festival

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GUILHERME GORGULHO
enviado especial a Brasília (DF)

Mais de duas décadas depois de terem começado a fazer música juntos, os integrantes do Capital Inicial tiveram uma noite especial ontem. Considerado pelo público brasiliense como fiel representante da cena musical da capital do país, o grupo subiu ao palco principal do Brasília Music Festival para prestar uma homenagem ao rock à capital federal e foi aclamado.

"O rock está para Brasília assim como o axé está para a Bahia", definiu o vocalista do Capital, Dinho Ouro Preto em entrevista antes do show. "Estes últimos 20 anos nos mostraram grupos como Legião Urbana, Plebe Rude, Paralamas do Sucesso, Capital e muitos outros."

Para Dinho, sua geração abriu as portas para que outro artistas pudessem conquistar espaço na mídia. "A gente montou esta estrutura. Nós não tínhamos instrumentos, nem discos, nem nada por aqui", lembra o vocalista, referindo-se às dificuldades de se produzir música em Brasília no início dos anos 80. "A nossa geração tem dois méritos, primeiro o de ter criado esta estrutura, e segundo, por ter sobrevivido."

Participações

Para prestar um tributo ao movimento do rock brasiliense, o Capital chamou ao palco ontem Philippe Seabra e André X, do grupo Plebe Rude, para tocar o clássico "Até Quando Esperar". Apesar de ser promovida como o ponto alto da apresentação, a versão saiu um pouco desencontrada, mas o público não se importou e respondeu com muita empolgação.

Visivelmente emocionado, Dinho contagiou as 55 mil pessoas presentes no Autódromo Internacional de Brasília com músicas como "Fátima", "O Passageiro" e "Veraneio Vascaína", interagindo constantemente com a platéia, formada, em sua maioria, por jovens que queriam ver a cantora Alanis Morissette.

"Eu tenho que tomar cuidado para não pagar mico e chorar aqui", disse o líder do Capital Inicial, do palco.

Depois a banda tocou "Que País é Este", de Legião Urbana, junto com Rogério Flausino, do Jota Quest, que abriu o evento na noite de ontem.

Com muita poeira subindo do chão seco de terra batida do autódromo, a visão que se tinha era de uma grande nuvem encobrindo o público. "Vida longa ao rock'n'roll de Brasília", gritou Dinho, já no final da apresentação.

Nova geração

O Capital Inicial quer agora incentivar as novas bandas de Brasília a produzirem, criando condições de continuar o trabalho da geração anterior.

Para isso, o grupo está criando um selo, que deve sair até o final do ano e ter, entre seus primeiros lançamentos, a banda Rumbora. "Espero que as bandas dos anos 90 consigam se manter como a minha geração", disse Dinho.

O BMF deu espaço a cerca de dez bandas iniciantes de Brasília e de Goiânia para divulgarem seu trabalho no palco alternativo, nos intervalos das apresentações do palco principal.

O jornalista Guilherme Gorgulho viaja a convite da produção do Brasília Music Festival

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