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25/10/2003 - 06h13

Entrelinhas: 52 mil livros mais caros

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CASSIANO ELEK MACHADO
da Folha de S.Paulo

De repente, não mais que de repente, as editoras brasileiras resolveram reajustar os valores de suas brochuras. De acordo com um levantamento recente da Superpedido, empresa que tem o maior banco de dados de preços de livros do Brasil, entre 1º de setembro e 20 de outubro foram modificados (para o alto e avante) as cotações de cerca de 52 mil títulos.

As explicações são variadas, mas seguem duas linhas mestras. Para Breno Lerner, diretor-geral da Melhoramentos, que reajustou ("abaixo da inflação") o preço de mais de 900 livros a palavra-chave é dissídio. "Novembro é o dissídio dos gráficos. Nesta época, quando reforçamos nossos pedidos de livros por conta do fim de ano temos de incorporar os aumentos exigidos pelas gráficas", diz.

Para Gerson Ramos, da Superpedido, a "movimentação muito fora do padrão" se explicaria pela maré baixa das vendas de maio a agosto. As editoras estariam atrás da chamada "recomposição das margens de lucro".

A empresa, que fornece as variações de preços para 120 livrarias de todo o país, estima que 900 editoras fizeram reajustes (de 10% a 20%, em média), em grande parte editoras de livros técnicos. Em dezembro, os aumentos devem continuar. Será a vez dos didáticos.

Sedex

Quatro cartas já chegaram ao prédio da Academia Brasileira das Letras com inscrições de peso para a vaga de Marcos Almir Madeira, morto no domingo. Maria Beltrão, Domício Proença Filho, Antonio Carlos Secchin, Márcio Moreira Alves estão no páreo pela cadeira 19.

Dura Lex

O grupo Siciliano, que havia deixado de usar esse nome para suas editoras desde 2000, vai voltar a grafar o sobrenome em uma nova coleção de livros. A série Siciliano Jurídico vem se juntar à família liderada hoje pela editora Arx.

Maison

A abertura nesta semana do testamento do escritor e jornalista americano George Plimpton, 76, morto há um mês, causou surpresa. Ele doou seu apartamento para a revista "The Paris Review of Books", onde trabalhava desde sua fundação, há 50 anos.

Despertador

A empresa de relógios de rua Publicrono está doando 3.000 livros novos para escolas da rede municipal. Em parceria com a Record, ela cede espaço de anúncios para a editora em toda SP e em troca ganha os volumes dados para a Secretaria da Cultura.

Pêndulo de eco

Ainda está tudo trancado a 700 chaves, mas já se sabe que será janeiro o mês escolhido por Umberto Eco para entregar para seus editores italianos seu novo romance. A única informação que já vazou é que o livro do autor de "O Nome da Rosa" e "Baudolino" desta vez não será na Idade Média.

E-mail: elek@folhasp.com.br
 

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