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22/12/2003
-
10h08
LÚCIO RIBEIRO
colunista da Folha
Este 2003 foi o ano em que ninguém entendeu nada nos balcões das lojas de discos brasileiras. Tinha clubber procurando o CD do White Stripes, roqueiro atrás de discos do Rapture.
O ano da mistureba geral e irrestrita começou pop e esquisito. Dois pilares da música jovem britânica foram assunto nos primeiros meses do ano. O Blur chegou do Marrocos com um disco misterioso de influências árabe. Era o ótimo "Think Tank", que produziu os hits "Out of Time" e "Crazy Beat".
O Radiohead continuou fazendo disco para roqueiros de outro planeta. Quando o sexto álbum do grupo, "Hail to the Thief", foi lançado, já era um dos discos mais ouvidos no mundo (neste), graças a um megavazamento da internet. Mesmo assim, o CD vendeu bastante.
Outro disco que nesse ano circulou bem pelas caixas registradoras das lojas foi o do Coldplay. Não este "Live 2003", disco ao vivo recém-lançado. Graças ao enorme cartaz alcançado durante a turnê americana, aparições de destaque na MTV e, principalmente, ao fuzuê dos ingressos causado pelo show da banda no Brasil, o Coldplay foi por meses a maior banda de rock do mundo.
"A Rush of Blood to the Head", editado em 2002, talvez tenha sido o disco internacional que mais tenha vendido em 2003.
A cena pop ainda discute se o excelente segundo álbum do grupo nova-iorquino Strokes, o "Room on Fire", decepcionou muito ou agradou demais. Não há meio-termo para a banda indie mais badalada dos últimos tempos.
Já o disco do White Stripes, "Elephant", parece que foi unanimidade. É o número um na lista dos melhores de 2003 em (quase) todas as publicações pop do planeta, muito por causa do megahit "Seven Nation Army". A música sacudiu as pistas de rock quase com o mesmo furor que foi mixada nas picapes dos DJs de eletrônica. Só teve como "adversária" à altura na bombástica "House of Jealous Lovers", hino punk-funk dos nova-iorquinos do Rapture.
A música é do ano passado, o disco ("Echoes") é de 2003. "HOJL" foi outra contribuinte na comunhão de estilos, na irmandade rock/eletrônica, que jogou roqueiros nas raves e levou clubbers às pistas de rock.
Se você estiver em uma balada e de repente começar a tocar a house-punk do Audio Bullys, um rap do 50 Cent, o country-pop do Kings of Leon e o heavy-glam do Darkness, não se assuste. Isso é 2003.
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Melhores de 2003: Eletrônico
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Os melhores de 2003: Rock
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colunista da Folha
Este 2003 foi o ano em que ninguém entendeu nada nos balcões das lojas de discos brasileiras. Tinha clubber procurando o CD do White Stripes, roqueiro atrás de discos do Rapture.
O ano da mistureba geral e irrestrita começou pop e esquisito. Dois pilares da música jovem britânica foram assunto nos primeiros meses do ano. O Blur chegou do Marrocos com um disco misterioso de influências árabe. Era o ótimo "Think Tank", que produziu os hits "Out of Time" e "Crazy Beat".
O Radiohead continuou fazendo disco para roqueiros de outro planeta. Quando o sexto álbum do grupo, "Hail to the Thief", foi lançado, já era um dos discos mais ouvidos no mundo (neste), graças a um megavazamento da internet. Mesmo assim, o CD vendeu bastante.
Outro disco que nesse ano circulou bem pelas caixas registradoras das lojas foi o do Coldplay. Não este "Live 2003", disco ao vivo recém-lançado. Graças ao enorme cartaz alcançado durante a turnê americana, aparições de destaque na MTV e, principalmente, ao fuzuê dos ingressos causado pelo show da banda no Brasil, o Coldplay foi por meses a maior banda de rock do mundo.
"A Rush of Blood to the Head", editado em 2002, talvez tenha sido o disco internacional que mais tenha vendido em 2003.
A cena pop ainda discute se o excelente segundo álbum do grupo nova-iorquino Strokes, o "Room on Fire", decepcionou muito ou agradou demais. Não há meio-termo para a banda indie mais badalada dos últimos tempos.
Já o disco do White Stripes, "Elephant", parece que foi unanimidade. É o número um na lista dos melhores de 2003 em (quase) todas as publicações pop do planeta, muito por causa do megahit "Seven Nation Army". A música sacudiu as pistas de rock quase com o mesmo furor que foi mixada nas picapes dos DJs de eletrônica. Só teve como "adversária" à altura na bombástica "House of Jealous Lovers", hino punk-funk dos nova-iorquinos do Rapture.
A música é do ano passado, o disco ("Echoes") é de 2003. "HOJL" foi outra contribuinte na comunhão de estilos, na irmandade rock/eletrônica, que jogou roqueiros nas raves e levou clubbers às pistas de rock.
Se você estiver em uma balada e de repente começar a tocar a house-punk do Audio Bullys, um rap do 50 Cent, o country-pop do Kings of Leon e o heavy-glam do Darkness, não se assuste. Isso é 2003.
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