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22/12/2003
-
10h10
FERNANDA MENA
da Folha de S.Paulo
Um ano inteirinho se passou, 365 dias e noites, e o electro ficou firme como o grande hype brasileiro da eletrônica ainda em 2003. O ano começou com Miss Kittin no Rio, teve uma série de DJs do estilo tocando por aqui --DJ Hell, pioneiro do electro, inclusive-- e encontrou o ápice na apresentação da bagaceira Peaches, que enlouqueceu a platéia do Tim Festival com os hits de seu novo disco, "Fatherfucker".
Como cansou de dizer o colunista do Folhateen Álvaro Pereira Junior, fora do Brasil o elecroclash é até démodé. Mas aqui a coisa segue em alta.
Quem não se ateve ao modismo conheceu muita coisa divertida, inventiva ou de vanguarda em 2003.
Uma delas é CD do duo britânico Audio Bullys, "Ego War", que alcança excelência ao misturar hip hop, punk e eletrônico. O resultado é um convite irresistível a dançar e a esquecer da vida.
Outro grande mérito eletrônico de 2003 é "Tour de France", do Kraftwerk. Os homens-robôs, que popularizaram a tecnologia aplicada à música, voltam depois de nada menos que 17 anos sem lançar material inédito e mostram que simplicidade em tempos de tanto rococó de efeitos ainda funciona e bem.
A boa surpresa para as pistas é a microhouse instigante e experimental de "Alcachofa", álbum do chileno Ricardo Villalobos, que, da Alemanha, renova o gênero. De lá também vem o novo álbum de Ellen Allien, uma escultura digital cheia de nuances e climas.
O inglês Richie Hawtin, um dos grandes nomes do tecno no início dos anos 90, reativou o projeto Plastikman com "Closer", que, na verdade, é mais uma experimentação antitecno do que qualquer nostalgia do passado recente.
Na praia da IDM (Intellingent Dance Music), o duo Autechre, interessado em um som sofisticado, complexo e cerebral, soltou "Draft 7.30", que investe em climas do glorioso "Tri Repetae".
No Brasil, há três destaques: "Music Is My Life", primeiro registro do trabalho autoral do DJ Mau Mau, um dos nomes que integra a base da cena eletrônica do país, "Dream Pop", do projeto Benzina (a.k.a. Edgard Scandurra), que chegou recheado de boas idéias e inocência eletrônica, e, na outra ponta da linha do tempo, o Nslod, projeto de vanguarda do programador Garfield, que ousou sublimar a eletrônica com sonoridades pós-rock e viagens herdadas da IDM. O pé só fica no chão quando a batida pesa ou quando os flertes com o hip hop dão as caras.
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Um ano inteirinho se passou, 365 dias e noites, e o electro ficou firme como o grande hype brasileiro da eletrônica ainda em 2003. O ano começou com Miss Kittin no Rio, teve uma série de DJs do estilo tocando por aqui --DJ Hell, pioneiro do electro, inclusive-- e encontrou o ápice na apresentação da bagaceira Peaches, que enlouqueceu a platéia do Tim Festival com os hits de seu novo disco, "Fatherfucker".
Como cansou de dizer o colunista do Folhateen Álvaro Pereira Junior, fora do Brasil o elecroclash é até démodé. Mas aqui a coisa segue em alta.
Quem não se ateve ao modismo conheceu muita coisa divertida, inventiva ou de vanguarda em 2003.
Uma delas é CD do duo britânico Audio Bullys, "Ego War", que alcança excelência ao misturar hip hop, punk e eletrônico. O resultado é um convite irresistível a dançar e a esquecer da vida.
Outro grande mérito eletrônico de 2003 é "Tour de France", do Kraftwerk. Os homens-robôs, que popularizaram a tecnologia aplicada à música, voltam depois de nada menos que 17 anos sem lançar material inédito e mostram que simplicidade em tempos de tanto rococó de efeitos ainda funciona e bem.
A boa surpresa para as pistas é a microhouse instigante e experimental de "Alcachofa", álbum do chileno Ricardo Villalobos, que, da Alemanha, renova o gênero. De lá também vem o novo álbum de Ellen Allien, uma escultura digital cheia de nuances e climas.
O inglês Richie Hawtin, um dos grandes nomes do tecno no início dos anos 90, reativou o projeto Plastikman com "Closer", que, na verdade, é mais uma experimentação antitecno do que qualquer nostalgia do passado recente.
Na praia da IDM (Intellingent Dance Music), o duo Autechre, interessado em um som sofisticado, complexo e cerebral, soltou "Draft 7.30", que investe em climas do glorioso "Tri Repetae".
No Brasil, há três destaques: "Music Is My Life", primeiro registro do trabalho autoral do DJ Mau Mau, um dos nomes que integra a base da cena eletrônica do país, "Dream Pop", do projeto Benzina (a.k.a. Edgard Scandurra), que chegou recheado de boas idéias e inocência eletrônica, e, na outra ponta da linha do tempo, o Nslod, projeto de vanguarda do programador Garfield, que ousou sublimar a eletrônica com sonoridades pós-rock e viagens herdadas da IDM. O pé só fica no chão quando a batida pesa ou quando os flertes com o hip hop dão as caras.
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