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05/02/2004 - 17h34

Festival de Cinema de Berlim recebe "Cold Mountain" com frieza

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da France Presse, em Berlim

O filme "Cold Mountain", de Anthony Minghella, com Nicole Kidman, Jude Law e Renée Zellweger, teve uma acolhida apática hoje, em sua exibição em seção "hors-concours" na abertura do 54º Festival Internacional de Cinema de Berlim.

O drama sobre a guerra de secessão americana não impressionou muito a crítica nem o público. Quem mais convenceu foi Zellweger, como atriz coadjuvante, no papel que lhe rendeu um Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar, superando Kidman e Law, protagonistas da trágica história de amor, baseada em romance de Charles Frazier.

O diretor do evento, Dieter Kosslick, recebeu Minghella, primeira celebridade de Hollywood a pisar no tapete vermelho estendido na Praça Marlene Dietrich em frente ao palácio do Festival.

Kidman e Law não compareceram à exibição. Ela por problemas familiares que a forçaram a ficar na Austrália e ele porque está rodando outro filme. Outra celebridade ausente será Nick Nolte, que acaba de declinar do convite para a estréia de "Beautiful Country", de Hans Petter Moland, que conta a história de um jovem vietnamita que procura o pai nos Estados Unidos.

Aparentemente, a antecipação da festa de entrega dos Oscar para 29 de fevereiro dificulta a presença de vários artistas no Festival de Berlim, um dos três mais importantes do mundo, junto com os de Cannes e Veneza.

No entanto, Diane Keaton, Jack Nicholson, Juliette Binoche, Carole Bouquet, Robin Williams e Ethan Hawke, entre outros, são esperados na capital alemã.

"Cold Mountain" é ambientado na década de 1860, quando a guerra civil americana ainda sacudia a América do Norte. No filme, Minghella desmitifica muitas das imagens alegóricas sobre a fundação dos Estados Unidos.

Inman (Jude Law), que serviu como soldado nas fileiras dos Confederados, é ferido em combate e volta para casa no sul para se reencontrar com Ada (Nicole Kidman), sua amada. Em sua jornada, Inman passa por todas as frentes de batalha e encontra escravos, rebeldes, desertores e caçadores de recompensas.

O otimismo do começo entre os confederados vai indo a pique, mas ainda é muito cedo para que se consolide a nova situação. Para Ada, a vida tampouco é fácil.

Ela precisa administrar sozinha o campo do falecido pai, salvá-lo da ruína e dos assaltos. Mas, surpreendentemente recebe a ajuda de Ruby (Renee Zellweger), uma jovem andarilha que acaba contagiando Ada com seu amor pela liberdade, astúcia e prematura experiência de vida.

Ruby ensina Ada a ter confiança em suas próprias forças. Os três personagens se encontram em sua busca por um lar e pela paz. O desenlace não surpreende, mas de qualquer forma comove e diverte o espectador.

Amanhã será a estréia mundial de "Confidences Trop Intimes", de Patrice Leconte, com Sandrine Bonnaire e Fabrice Luchini, uma história de amor e conflitos matrimoniais, e será exibido, em seção hors-concours, "Something's Gotta Give" ("Alguém Tem que Ceder"), uma comédia romântica de Nancy Meyers, com Jack Nicholson e Diane Keaton (indicada para o Oscar de melhor atriz).

O cinema latino-americano fará sua entrada no festival na seção Panorama, com a exibição dos documentários "Digna Hasta el Último Aliento", do mexicano Felipe Cazals, sobre o assassinato da ativista de direitos humanos Digna Ochoa, e "Fala Tu", de Guilherme Coelho, ambientada em uma favela do Rio de Janeiro, tendo o "rap" como pano de fundo.

Quase 400 filmes serão exibidos na mostra, que se encerra em 15 de fevereiro.

Vinte e três filmes disputam o Urso de Ouro e os Ursos de Prata na seção oficial.
 

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