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11/02/2004 - 19h11

Lula instala em Brasília o Conselho Superior de Cinema

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da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva instalou hoje, durante cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença de ministros, cineastas, produtores de cinema, vídeo e televisão, o Conselho Superior do Cinema.

Criado em 2001 para fortalecer a produção cinematográfica nacional e torná-la mais competitiva no mercado nacional e internacional, o conselho é composto por 18 pessoas, sendo nove ministros, três representantes da sociedade civil e seis membros do segmento audiovisual brasileiro.

Em discurso, o presidente Lula afirmou que é preciso quebrar o tabu de que os brasileiros não gostam dos filmes produzidos no país. Segundo ele, quando há qualidade as pessoas vão ao cinema, inclusive as pessoas mais pobres. "O que está provado é que o mesmo povo que gosta de Carnaval, o mesmo povo que gosta de futebol, é um povo que, se tiver qualidade, gosta de cinema e não mede esforço para isso", afirmou.

Lula usou números para comprovar o que disse. De acordo com o presidente, a procura pelo filme nacional cresceu, em 2003, de 8% para 180%, atraindo para as salas de exibição mais de 22 milhões de pessoas. Também no ano passado, o mercado de filmes, incluindo filmes americanos e de outras nacionalidades, cresceu 11% em relação a 2002. "A conclusão é evidente: todo povo gosta de ser protagonista de suas próprias história", afirmou.

Os ministros José Dirceu (Casa Civil) e Gilberto Gil (Cultura) também discursaram na posse dos conselheiros. Dirceu disse que somente o talento não é suficiente para impulsionar o cinema brasileiro, sendo necessário investimentos financeiros e marketing. Segundo ele, o conselho vai trabalhar para democratizar o acesso da população de baixa renda aos cinemas, cuja opção audiovisual, atualmente, se dá apenas através da TV aberta.

Gil aproveitou a cerimônia para fazer um apelo aos cineastas. "Não deixem o peso de preconceitos e cobranças pontuais adiarem a consolidação de um modelo integrado e auto-sustentável da atividade. A viabilidade de cada um, em médio prazo, depende da viabilidade de todo o sistema", disse.

Presidido por José Dirceu, o Conselho Superior do Cinema tem dois grandes desafios nos próximos anos, segundo Gil. O principal deles será transformar a Agência Nacional do Cinema (Ancine) em Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual (Ancinav). A diferença entre as duas é que a nova agência, que ficará subordinada ao Ministério da Cultura, irá trabalhar para regular as ações de diversas áreas, como cinema, televisão e todo o segmento audiovisual. A outra meta apontada por Gil é a criação da Lei Geral do Cinema e do Audiovisual, cujo objetivo será tornar mais abrangente e enxuta a legislação que dispõe sobre as produções.

Informações da Agência Brasil
 

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