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29/02/2004
-
06h28
SÉRGIO DÁVILA
SILVANA ARANTES
da Folha de S.Paulo
Desde a quinta-feira, Los Angeles, a capital do cinema que leva os anjos no nome, virou a cidade de Deus. Pelo menos, a cidade que equipe técnica e elenco de "Cidade de Deus" tomaram de assalto --com o perdão do trocadilho.
São pelo menos 30 profissionais brasileiros relacionados direta ou indiretamente com a produção nacional que foram à Califórnia por conta do Oscar, nem todos com convites para a festa. Assim, uma outra vaidade toma conta dos brasileiros envolvidos.
Todos querem saber quem vai pisar no tapete vermelho, quem sentará nas primeiras fileiras, quem brigou e fez as pazes e, principalmente, quem vestirá o quê.
Fernando Meirelles chegou na quinta à tarde, vindo da pré-produção de "O Jardineiro Fiel", em Londres. Por motivos óbvios, ele e sua mulher, Cissa Meirelles, terão os melhores lugares da turma de "Cidade de Deus" na platéia do Kodak Theatre hoje. Estarão nas duas primeiras fileiras.
E a co-diretora do filme, Katia Lund? Ela e Meirelles andaram se estranhando em entrevistas recentes, mas ambos garantem que são águas passadas. Apesar de não ter sido convidada pela Miramax, Kátia recebeu dois convites da própria Academia de Hollywood. Já está em Los Angeles e deve levar como seu par o escritor do livro-origem, Paulo Lins.
Além disso, ela levou Leandro Firmino da Hora, o Zé Pequeno; o ator e Lins fazem um documentário sobre o filme no Oscar, para a ONG Nós do Cinema.
Os outros três indicados levarão suas respectivas mulheres, mas sentarão em lugares menos bem posicionados que Meirelles, assim como o diretor do curta de animação "Gone Nutty", o brasileiro Carlos Saldanha, que deve ficar ainda mais para trás --a posição da cadeira é proporcional ao prestígio da categoria do concorrente. Assim como Meirelles, estão hospedados, a convite da Miramax, no cinco estrelas Four Seasons, em Beverly Hills, com diárias que vão de US$ 500 a US$ 900.
Meirelles vestirá um smoking do estilista austríaco Helmut Lang. Hector Babenco pensou em fazer com ele o mesmo que fez com Walter Salles em 1999: emprestar a gravata borboleta que usou na cerimônia de 1986.
Como não funcionou para o diretor de "Central do Brasil", resolveu deixar o de "Cidade de Deus" de fora da corrente. Cissa, mulher de Meirelles, irá de vestido Stella McCartney, azul. Chris Riera, mulher do roteirista Bráulio Mantovani, elegeu um Armani; Simone Alexal, do editor Daniel Rezende, vai de Escada. Analida, do diretor de fotografia Cesar Charlone, prestigiou Lino Villaventura.
Na sexta à noite, haveria a festa da véspera da cerimônia do Independent Spirit Awards, a que "Cidade de Deus" concorre como filme estrangeiro, seguida de um jantar em homenagem ao filme promovido pelo diretor Alexander Payne, que foi consultor do roteiro da obra.
No sábado, a cerimônia do Spirit em si, seguida de uma festa promovida pela Miramax. Hoje, depois da cerimônia, os brasileiros se encontram em duas festas seguidas, a da Elton John Aids Foundation e a da Anistia Internacional --para comemorar a vitória ou ensaiar o discurso de que o importante é mesmo competir.
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Equipe brasileira vai à Califórnia torcer por "Cidade de Deus"
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SILVANA ARANTES
da Folha de S.Paulo
Desde a quinta-feira, Los Angeles, a capital do cinema que leva os anjos no nome, virou a cidade de Deus. Pelo menos, a cidade que equipe técnica e elenco de "Cidade de Deus" tomaram de assalto --com o perdão do trocadilho.
São pelo menos 30 profissionais brasileiros relacionados direta ou indiretamente com a produção nacional que foram à Califórnia por conta do Oscar, nem todos com convites para a festa. Assim, uma outra vaidade toma conta dos brasileiros envolvidos.
Todos querem saber quem vai pisar no tapete vermelho, quem sentará nas primeiras fileiras, quem brigou e fez as pazes e, principalmente, quem vestirá o quê.
Fernando Meirelles chegou na quinta à tarde, vindo da pré-produção de "O Jardineiro Fiel", em Londres. Por motivos óbvios, ele e sua mulher, Cissa Meirelles, terão os melhores lugares da turma de "Cidade de Deus" na platéia do Kodak Theatre hoje. Estarão nas duas primeiras fileiras.
E a co-diretora do filme, Katia Lund? Ela e Meirelles andaram se estranhando em entrevistas recentes, mas ambos garantem que são águas passadas. Apesar de não ter sido convidada pela Miramax, Kátia recebeu dois convites da própria Academia de Hollywood. Já está em Los Angeles e deve levar como seu par o escritor do livro-origem, Paulo Lins.
Além disso, ela levou Leandro Firmino da Hora, o Zé Pequeno; o ator e Lins fazem um documentário sobre o filme no Oscar, para a ONG Nós do Cinema.
Os outros três indicados levarão suas respectivas mulheres, mas sentarão em lugares menos bem posicionados que Meirelles, assim como o diretor do curta de animação "Gone Nutty", o brasileiro Carlos Saldanha, que deve ficar ainda mais para trás --a posição da cadeira é proporcional ao prestígio da categoria do concorrente. Assim como Meirelles, estão hospedados, a convite da Miramax, no cinco estrelas Four Seasons, em Beverly Hills, com diárias que vão de US$ 500 a US$ 900.
Meirelles vestirá um smoking do estilista austríaco Helmut Lang. Hector Babenco pensou em fazer com ele o mesmo que fez com Walter Salles em 1999: emprestar a gravata borboleta que usou na cerimônia de 1986.
Como não funcionou para o diretor de "Central do Brasil", resolveu deixar o de "Cidade de Deus" de fora da corrente. Cissa, mulher de Meirelles, irá de vestido Stella McCartney, azul. Chris Riera, mulher do roteirista Bráulio Mantovani, elegeu um Armani; Simone Alexal, do editor Daniel Rezende, vai de Escada. Analida, do diretor de fotografia Cesar Charlone, prestigiou Lino Villaventura.
Na sexta à noite, haveria a festa da véspera da cerimônia do Independent Spirit Awards, a que "Cidade de Deus" concorre como filme estrangeiro, seguida de um jantar em homenagem ao filme promovido pelo diretor Alexander Payne, que foi consultor do roteiro da obra.
No sábado, a cerimônia do Spirit em si, seguida de uma festa promovida pela Miramax. Hoje, depois da cerimônia, os brasileiros se encontram em duas festas seguidas, a da Elton John Aids Foundation e a da Anistia Internacional --para comemorar a vitória ou ensaiar o discurso de que o importante é mesmo competir.
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