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01/03/2004 - 03h41

"Cidade de Deus" vai à badalação pré-cerimônia

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da Folha de S.Paulo, em Los Angeles

Zé Pequeno chegou lá. Após enfrentar as 13 horas de vôo e as dezenas de posições no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que separam a Cidade de Deus de Beverly Hills, o garoto da favela carioca entrou pelo Grand Ballroom do hotel St. Regis, na avenida das Estrelas, na cidade dos ricos e famosos da indústria do cinema plantada em Los Angeles.

Ali, recebeu das mãos de um dos executivos mais poderosos e gananciosos deste lado do mundo um cheque de US$ 25 mil. Na platéia, aplaudindo tudo, nomes como Renée Zellweger, Quentin Tarantino e Jude Law. Isso é Hollywood.

Aconteceu na noite de sábado, numa cerimônia armada anualmente por Harvey Weinstein, um dos proprietários da Miramax, que distribui "Cidade de Deus" nos EUA.

O dinheiro foi entregue a Leandro Firmino da Hora, intérprete do marginal Zé Pequeno em "Cidade de Deus" e morador da Cidade de Deus, que veio para a entrega do Oscar. Servirá para comprar a sede da ONG Nós do Cinema, comandada por Firmino e atores do longa, que produz filmes e forma profissionais na favela.

Já Fernando Meirelles não ganhou dinheiro do chefão da Miramax, mas fechou a véspera do Oscar com um troféu na mão. Não foi do Independent Spirit Awards, prêmio alternativo ao Oscar entregue pelo Independent Feature Project (IFP). "Cidade de Deus" concorria por filme estrangeiro, mas acabou perdendo para "Encantadora de Baleias".

Seu prêmio veio das mãos do próprio Harvey Weinstein, tem a forma de uma mulher segurando uma estrela e é feito de chocolate. Trata-se do Max Awards, cerimônia bem-humorada que o dono da Miramax promove há sete anos.

Na festa, o roliço executivo entrega um troféu a cada um dos indicados da casa --filmes produzidos ou distribuídos pela Miramax. Harvey criticou a imprensa, xingou os eleitores da Academia e atacou George W. Bush.

"O Oscar de melhor produção deste ano tinha de ser dado para aquela armação de Bush recebendo o peru falso em Bagdá", disparou ele, referindo-se à visita-relâmpago do presidente norte-americano ao Iraque no final do ano passado. "Se Deus quiser, tiraremos de vez este homem de nossa vida nas eleições deste ano."

Isso também é Hollywood.

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