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10/04/2004 - 03h21

Morre a atriz e escritora Lélia Abramo

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RACHEL AÑÓN
da Agência Folha
JORGE BLAT
da Folha Online

Morreu aos 93 anos, a atriz e escritora Lélia Abramo, em conseqüência de uma embolia pulmonar, por volta das 20h30 desta sexta-feira. Ela estava internada havia uma semana na UTI do Hospital Modelo, no bairro da Liberdade, em São Paulo.

Sua última aparição pública foi no dia 31 de março passado durante um evento internacional de educação, realizado no auditório do Anhembi, onde foi homenageada por sua luta contra a ditadura militar.

Lenise Pinheiro/FI
A atriz e escritora Lélia Abramo; veja mais fotos
Segundo o dramaturgo Arthur Di Pietro, amigo de Lélia Abramo, nesse dia ela se queixou de dor nas pernas em decorrência de uma queda sofrida em casa. Dois dias depois, sofreu a embolia e foi internada pela família.

O velório da atriz será no Teatro Municipal, centro da cidade, a partir das 6h deste sábado. O enterro acontecerá no cemitério Getsemani, bairro do Morumbi (zona oeste), às 16h.

Lélia Abramo era filha de imigrantes italianos. Estreou nos palcos apenas aos 47 anos, na peça "Eles Não Usam Black-Tie" (58), a primeira montagem de Gianfrancesco Guarnieri, contracenando com os atores Milton Gonçalves e Eugenio Kusnet.

Entre 1938 e 1950, morou na Itália e sofreu as agruras da época da Segunda Guerra Mundial, quando testemunhou dramas coletivos (bombardeios, comida racionada, suspensão da liberdade de ir-e-vir).

Atuou em peças de cunho dramático e trágico, de Aristófanes ("Lisístrata") e Shakespeare ("Ricardo 3º") a Lorca ("Yerma") e Brecht ("Mãe Coragem"), passando por Beckett ("Esperando Godot") e Ionesco ("Os Rinocerontes").

Também participou de 27 novelas (Excelsior, Tupi, Record, Globo e Manchete) e 14 filmes. Fez mais de 40 teleteatros.

Em 1978, Lélia presidiu o sindicato dos artistas em São Paulo e saiu em defesa dos direitos trabalhistas da classe, enfrentando a própria emissora na qual trabalhava, a TV Globo.

Lélia foi uma das fundadoras do PT, ao assinar a ata de reunião que deu origem ao partido, em 1980, com intelectuais como Mário Pedrosa, Sérgio Buarque de Holanda, Apolônio de Carvalho, Paulo Freire e Antonio Candido. A atriz tinha seis irmãos, entre eles o jornalista Cláudio Abramo (1923-87) e o artista plástico Lívio Abramo (1903-1992).

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