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04/08/2004 - 14h17

Morre o fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson

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da Folha Online

Henri Cartier-Bresson, um dos grandes mestres da fotografia do século 20, morreu aos 95 anos de idade em Isle-sur-la-Sorgue, na região de Vaucluse (sudeste), informou hoje a imprensa francesa.

C.Platiau/Reuters
O fotógrafo Cartier-Bresson
Uma pessoa ligada à família de Cartier-Bresson, citada pela agência France Presse, disse que o fotógrafo --que completaria 96 anos no dia 22 de agosto--, morreu ontem em sua casa "Le Clos", em Isle-sur-la-Sorgue, e foi enterrado hoje. Segundo a fonte, ele estava debilitado fisicamente e já não se alimentava há vários dias.

Repórter fotográfico com trabalhos feitos para revistas como "Life" e "Vogue", Cartier-Bresson fundou em 1947, ao lado de Robert Capa e outros profissionais, a agência de fotos Magnum.

Tendo trabalhado mais de meio século capturando o drama humano com sua câmera, ele inspirou várias gerações de fotógrafos com seu estilo, se mantendo sempre em sintonia com o objeto de suas fotos, apesar de sua composição rigorosa sobrepor a emoção.

Nascido em Chanteloup (Seine-et-Marne, perto de Paris), filho de um industrial, o fotógrafo se impôs com um estilo intimista, que o transformou no mestre indiscutível da escola francesa de fotografia.

Gênio francês

Em um comunicado, o presidente francês, Jacques Chirac, declarou: "Com ele, a França perde um fotógrafo genial, um verdadeiro mestre, um dos mais talentosos artistas de sua geração e um dos mais respeitados no mundo".

Com seu incomum senso de "timing" e intuição, Cartier-Bresson capturou o espírito de lugares e de culturas no papel, registrando imagens de tipos tão diversos como William Faulkner ou revolucionários chineses.

Ele desprezava fotografias arranjadas e cenários artificiais, alegando que os fotógrafos devem registar sua imagem rápida e acuradamente. Seu conceito de fotografia baseava-se no que ele chamava de "o momento decisivo" --o instante que evoca o espírito fundamental de alguma situação, quando todos os elementos externos estão no lugar ideal.

Nos últimos 25 anos de sua vida, Cartier-Bresson afastou-se da fotografia para dedicar-se à pintura. Em 1937, ele casou-se com uma dançarina javanesa chamada Ratna Mohini. Em 1970, casou-se novamente com Martine Franck, com quem teve uma filha, Melanie.

Com agências internacionais

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