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15/08/2004
-
08h21
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Folha de S.Paulo
No modelo vigente atualmente no Brasil, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação de Direitos) cobra 2,5% da renda bruta dos filmes exibidos, para redistribuir os direitos autorais aos compositores das trilhas sonoras. A participação de cada autor no total arrecadado é definida por amostragem.
O músico André Abujamra, 39, autor de 23 trilhas de filmes, diz que na prática não é bem assim. "Assino um contrato com o produtor do filme, ganho uma grana pela criação e pronto. De resto, tudo é deles. Mais de 4 milhões de pessoas viram 'Carandiru', como não saiu em CD, não ganhei nada", afirma.
"A única grana que recebi de cinema até hoje foi pelo filme 'Bicho de Sete Cabeças'. Mas veio pelo CD, não pelo cinema", completa.
Abujamra não consegue vislumbrar o futuro, caso a Ancinav assuma o controle dessas cobranças. "Se eu passasse a receber uma graninha pelas coisas que fiz, eu ia ficar superfeliz", limita-se a especular.
Acaba refletindo o grau de mobilização da classe musical ao responder por si: "Não estou omisso. Fico rezando para receber o relatório e ver se vem uma grana. Estou antenado, até porque é o meu seguro de vida".
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"Se recebesse, ia ficar superfeliz", diz músico André Abujamra
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No modelo vigente atualmente no Brasil, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação de Direitos) cobra 2,5% da renda bruta dos filmes exibidos, para redistribuir os direitos autorais aos compositores das trilhas sonoras. A participação de cada autor no total arrecadado é definida por amostragem.
O músico André Abujamra, 39, autor de 23 trilhas de filmes, diz que na prática não é bem assim. "Assino um contrato com o produtor do filme, ganho uma grana pela criação e pronto. De resto, tudo é deles. Mais de 4 milhões de pessoas viram 'Carandiru', como não saiu em CD, não ganhei nada", afirma.
"A única grana que recebi de cinema até hoje foi pelo filme 'Bicho de Sete Cabeças'. Mas veio pelo CD, não pelo cinema", completa.
Abujamra não consegue vislumbrar o futuro, caso a Ancinav assuma o controle dessas cobranças. "Se eu passasse a receber uma graninha pelas coisas que fiz, eu ia ficar superfeliz", limita-se a especular.
Acaba refletindo o grau de mobilização da classe musical ao responder por si: "Não estou omisso. Fico rezando para receber o relatório e ver se vem uma grana. Estou antenado, até porque é o meu seguro de vida".
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