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01/09/2004
-
08h13
ISABELLE MOREIRA LIMA
da Folha de S.Paulo
Primeiro o luxo, depois o lixo. Agora, a contemporaneidade. A Prefeitura de São Paulo inaugurou ontem, em um dos pontos fundamentais da boemia paulistana da década de 50, a Galeria Olido, novo centro cultural voltado para a cultura contemporânea da cidade.
Aberta dez dias antes do início da programação --seja por estratégia política, seja para tentar conquistar uma interação imediata com o público--, a galeria conta com um espaço de 9.000 m2 divididos em cinco andares e em oito áreas artísticas e tecnológicas: cinema, teatro, dança, fotografia, áudio, vídeo, circo e informática.
Com parte de sua estrutura voltada para a administração pública --abrigando as sedes da Secretaria da Cultura e da Secretaria do Abastecimento--, o prédio do antigo cinema começou a ser reformado em agosto do ano passado, depois da decadência dos anos 90. A saída encontrada pela prefeitura para pôr o prédio em ordem foram parcerias com outras instituições.
"[A obra] foi feita de forma heterodoxa. Não tínhamos dinheiro para a reforma. Os gastos foram assumidos, então, pela imobiliária Savoy e a prefeitura pagará 1% do valor incorporado ao aluguel durante os cinco anos de contrato", explicou o secretário Celso Frateschi. O total da reforma do prédio foi estimado em R$ 2,5 milhões. "A prefeitura quase não gastou", completou.
O Santander-Banespa foi o parceiro responsável pela sala de cinema de 240 lugares do Olido. O banco doou R$ 240 mil. Já a Petrobras doou R$ 2 milhões para os dez primeiros meses de funcionamento, período de implantação do centro cultural.
"A idéia inicial era fazer um anexo do Teatro Municipal com sete andares. Mas não faria sentido criar outra sala de concerto que não trouxesse uma nova função. Resolvemos fazer algo que dialogasse com a cidade. Um espaço nobre, mas não elitista, que estimulasse o convívio das várias tribos paulistanas", explicou Frateschi, durante a visita guiada pelo espaço com a Folha.
Uma das artes mais privilegiadas pelo espaço foi a dança, com um total de cinco salas especiais, sendo duas delas totalmente destinadas à produção, outras duas destinadas também à exibição e, a última, a simpática "vitrine da dança", voltada para oficinas especiais durante a semana e bailes públicos nos fins de semana.
Entre as maiores novidades, estão o circense "Espaço Piolin", "um centro de referência do riso" que conta com uma pequena marquise-palco voltada para a rua D. José de Barros, e a oficina de reciclagem de computadores.
O Olido é formado ainda pelo Cine Olido, que abriga 240 pessoas; pela Sala Olido, de espetáculos, para 300 pessoas; um teatro com 128 lugares e dois salões de exposições de artes visuais. Entre os equipamentos menores, estão um posto de informações do Anhembi, uma sala de registro de depoimentos para o Museu da Cidade, um posto da Guarda Civil Metropolitana e um telecentro.
O último andar, voltado exclusivamente à produção, ainda está em obras. Ele abrigará o projeto de cultura digital, incluindo laboratórios de áudio, vídeo e design.
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da Folha de S.Paulo
Primeiro o luxo, depois o lixo. Agora, a contemporaneidade. A Prefeitura de São Paulo inaugurou ontem, em um dos pontos fundamentais da boemia paulistana da década de 50, a Galeria Olido, novo centro cultural voltado para a cultura contemporânea da cidade.
Aberta dez dias antes do início da programação --seja por estratégia política, seja para tentar conquistar uma interação imediata com o público--, a galeria conta com um espaço de 9.000 m2 divididos em cinco andares e em oito áreas artísticas e tecnológicas: cinema, teatro, dança, fotografia, áudio, vídeo, circo e informática.
Com parte de sua estrutura voltada para a administração pública --abrigando as sedes da Secretaria da Cultura e da Secretaria do Abastecimento--, o prédio do antigo cinema começou a ser reformado em agosto do ano passado, depois da decadência dos anos 90. A saída encontrada pela prefeitura para pôr o prédio em ordem foram parcerias com outras instituições.
"[A obra] foi feita de forma heterodoxa. Não tínhamos dinheiro para a reforma. Os gastos foram assumidos, então, pela imobiliária Savoy e a prefeitura pagará 1% do valor incorporado ao aluguel durante os cinco anos de contrato", explicou o secretário Celso Frateschi. O total da reforma do prédio foi estimado em R$ 2,5 milhões. "A prefeitura quase não gastou", completou.
O Santander-Banespa foi o parceiro responsável pela sala de cinema de 240 lugares do Olido. O banco doou R$ 240 mil. Já a Petrobras doou R$ 2 milhões para os dez primeiros meses de funcionamento, período de implantação do centro cultural.
"A idéia inicial era fazer um anexo do Teatro Municipal com sete andares. Mas não faria sentido criar outra sala de concerto que não trouxesse uma nova função. Resolvemos fazer algo que dialogasse com a cidade. Um espaço nobre, mas não elitista, que estimulasse o convívio das várias tribos paulistanas", explicou Frateschi, durante a visita guiada pelo espaço com a Folha.
Uma das artes mais privilegiadas pelo espaço foi a dança, com um total de cinco salas especiais, sendo duas delas totalmente destinadas à produção, outras duas destinadas também à exibição e, a última, a simpática "vitrine da dança", voltada para oficinas especiais durante a semana e bailes públicos nos fins de semana.
Entre as maiores novidades, estão o circense "Espaço Piolin", "um centro de referência do riso" que conta com uma pequena marquise-palco voltada para a rua D. José de Barros, e a oficina de reciclagem de computadores.
O Olido é formado ainda pelo Cine Olido, que abriga 240 pessoas; pela Sala Olido, de espetáculos, para 300 pessoas; um teatro com 128 lugares e dois salões de exposições de artes visuais. Entre os equipamentos menores, estão um posto de informações do Anhembi, uma sala de registro de depoimentos para o Museu da Cidade, um posto da Guarda Civil Metropolitana e um telecentro.
O último andar, voltado exclusivamente à produção, ainda está em obras. Ele abrigará o projeto de cultura digital, incluindo laboratórios de áudio, vídeo e design.
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