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19/09/2004 - 07h47

Cultura coloca ombudsman na roda-viva

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da Folha de S.Paulo

Jornalista e braço direito do governador Mário Covas, Osvaldo Martins, 64, dá início amanhã ao desafio de ser o primeiro ombudsman da TV brasileira.

Ele foi convidado para o cargo pelo presidente da Fundação Padre Anchieta, Marcos Mendonça, também covista de carteirinha.

Para marcar o início das atividades do chamado "defensor do telespectador" da Cultura, o canal fará amanhã, às 22h30, um "Roda Viva" especial só com ombudsmans e ouvidores.

A estréia na rede --majoritariamente mantida por recursos do governo estadual-- ocorre num período de fervorosas discussões sobre a tentativa do Planalto de controlar a programação televisiva por meio de um termo de compromisso, da possível criação da Ancinav (Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual) e do Conselho Federal de Jornalismo.

Além de participar do "Roda Viva", Martins lançará, na próxima sexta, um link no site da Cultura (www.tvcultura.com.br) no qual receberá críticas e sugestões de espectadores e fará comentários sobre a programação. Na TV, entrará no ar uma campanha para divulgar o endereço eletrônico do ombudsman e convocar a audiência a enviar sua opinião.

O seu programa semanal está em fase de formatação e deverá estrear no final de outubro. Já está definido que será gravado e terá a participação do público.

Segundo Martins, existe ainda um projeto de criar uma central telefônica, com uma linha 0800 (ligação gratuita) e 14 atendentes.

O ombudsman acredita que receberá também reclamações da programação de outros canais. De acordo com Martins, a Cultura já atende a telefonemas de pessoas que reclamam de novelas e programas de auditórios. "Como não há ombudsman nas outras redes, é provável que o espectador aproveite esse canal para falar sobre a TV brasileira em geral."

Ele pretende encaminhar as queixas às devidas emissoras e guardar as informações para análise do comportamento da audiência. "No site e na TV, não irei falar dos outros canais, apenas da Cultura. Mas esses protestos podem ser úteis para saber o que o cidadão não quer ver na TV."

O primeiro ponto da programação a ser criticado, segundo Martins, é o jornalismo, tradicionalmente chamado na Cultura de "público". "Na verdade, esse conceito é muito vago. O que é jornalismo público? Todo jornalismo é, em tese, público, já que a informação é um bem social. É preciso definir exatamente o que é e o que não é pauta para a TV Cultura."

Em sua análise, o conceito de TV pública é mais claro, no sentido de ser independente do estado e do mercado, mas ainda é preciso discutir qual deve ser o conteúdo.

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