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05/10/2000 - 05h36

Bienal de Curitiba focaliza as várias faces da violência

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ANA MARIA GUARIGLIA, da Folha de S.Paulo

A 3ª Bienal Internacional de Fotografia, que será inaugurada nesta quinta (05) na cidade de Curitiba (Paraná), apresenta 19 exposições que poderão ser vistas até 26 de novembro. Além das mostras, a bienal terá workshops e palestras sobre o tema.

Neste ano, o evento aborda os diversos tipos de violência, como aqueles que obrigam as pessoas a deixarem seus países e se tornarem imigrantes, as formas de fé e de religiosidade e a violência contra a natureza.

Segundo Orlando de Azevedo, curador do evento, o tema trouxe trabalhos importantes, promovendo o que ele chama de "fórum visual", que discutirá a identidade cultural como marca decisiva do ato fotográfico.

Em função do tema, uma das atrações é a mostra "Violência", com imagens chocantes de Marlene Bergamo, repórter-fotográfica da Folha, que desnuda a sociedade caótica, e de Roberto Linsker, que denuncia as violências contra a natureza.



Seguindo a mesma linha da mostra anterior, "Fé" reúne 40 fotos, revelando situações que colocam as pessoas nos limites da sobrevivência, criando até demonstrações violentas devido à invisibilidade da fé, como nas fotos dos romeiros nordestinos registrados por Christian Cravo.

Haruo Ohara foi um dos pioneiros da imigração japonesa no Paraná, na cidade de Londrina. Nascido em 1909, no Japão, e morto no ano passado, introduziu a fotografia no cotidiano dos lavradores nas plantações do café.

Seu acervo possui cerca de 13 mil fotos e pertence ao Museu de Fotografia de Curitiba. Para a Bienal, foram escolhidas cem fotos.

"Brasil sem Fronteiras" é o resultado do projeto de cinco fotógrafos: Elza Lima, Celso Oliveira, Antônio Augusto Fontes, Ed Viggiani, repórter-fotográfico da Folha, e Tiago Santana.

Eles se reuniram para marcar as comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil, mostrando o povo da região das fronteiras brasileiras. As 40 imagens revelam a afinidade cultural entre os dois lados, o do Brasil com os de outros dez países.

História portuguesa

Entre as mostras internacionais, "O Estado do Tempo" traz 248 fotos realizadas por diversos fotógrafos que desfilam sete décadas da história de Portugal, começando no início deste século. A curadoria é de Rui Prata, que dirige a entidade Encontros da Imagem, em Braga.

A fotógrafa italiana Giorgia Fiorio, de 28 anos, atualmente vivendo na França, está agitando a Europa com o projeto "Hommes", em que faz uma enquete visual sobre as atividades reservadas aos homens.

Fiorio está fotografando, entre outros, os lutadores de boxe norte-americanos, os soldados da armada italiana, os mineiros da Ucrânia e os bailarinos russos.

No evento, serão mostrados 20 registros dos marinheiros de Sagres, Portugal. O ensaio levou mais de três meses para ser realizado.

A Bienal de Curitiba é um dos eventos mais importantes da América Latina e integra o Festival da Luz, que reúne 22 países para traçar um roteiro mundial da fotografia.

Evento: 3ª Bienal Internacional de Fotografia da Cidade de Curitiba
Mais informações: Fundação Cultural de Curitiba (tel. 0/xx/41/322-1525, ramais 2373 e 2378)
Internet: www.curitiba.pr.gov.br

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