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04/12/2004 - 03h34

Bad Religion e Pennywise empolgam fãs de punk e hardcore em SP

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SÍLVIA YOSHIDA
da Folha Online

Bad Religion e Pennywise, dois ícones do punk rock e hardcore, não poderiam fechar melhor a temporada de shows de 2004 --pelo menos para os fãs do gênero. As duas bandas se apresentaram na noite de sexta-feira (3) na festa de 19 anos da rádio 89 FM, no Anhembi, em São Paulo.

O grupo capixaba Dead Fish abriu a noite empolgando o então pequeno público presente, embalado pelo sucesso instantâneo conseguido após receber o prêmio de artista revelação no VMB (Video Music Brasil) da MTV.

Mas foi o Pennywise que ditou o ritmo da comemoração. Quando o grupo foi anunciado, fãs parados no portão ou ainda pouco animados correram para a frente do palco e começaram a abrir rodas para "dançar" os hits. Estavam lá os clássicos "Every Single Day", "Society" e "Homesick".

No momento "interação com o público", o vocalista Jim Lindberg convidou três pessoas para subir no palco. Foram os sortudos fãs que cantaram "Stand by Me", cover presente no primeiro disco do Pennywise, "Wildcard/Word From the Wise", de 1988/89.

Simpáticos e arriscando as palavras de praxe em português (como "obrigado" e "e aí, galera?"), os integrantes da banda fecharam o set list com, talvez, a música mais conhecida do Pennywise: o hino "Bro Hymn", escrito originalmente para três amigos da banda mas, depois, adaptada para virar uma homenagem ao ex-baixista Jason Thirsk, que se matou em 1996.

O Bad Religion pegou um público louco para ouvir os sucessos do veterano grupo californiano. Mas a banda começou fria, com músicas do último álbum, "The Empire Strikes First", ainda pouco conhecidas.

Quando começaram os clássicos, como "No Control" e "Generator", o público compensou a falta de empolgação. A introdução de algumas músicas mais pop e conhecidas --como "21st Century Digital Boy" e "Infected"-- no set list acirrou ainda mais os ânimos.

O bis, por sua vez, valeu o show todo: "Along the Way", "Do What You Want" e, para fechar a apresentação, "American Jesus" --que o vocalista Greg Graffin cantou como "Brazilian Jesus", para fazer uma média com os fãs.

Dois fatos curiosos marcaram a passagem das duas bandas pelo palco montado no espaço Arena Skol: tanto o Pennywise quanto o Bad Religion tocaram no assunto da reeleição de George W. Bush nos Estados Unidos e puxaram um coro de "ei, Bush, vai tomar no...".

O segundo fato foi o estado alcoólico de Jay Bentley, do Bad Religion. O baixista entrou no palco cambaleando, sem conseguir tocar nenhuma música direito e, às vezes, grunhindo no microfone. Logo no começo da apresentação, Graffin brincou: "Desculpem-nos, estamos com alguns problemas técnicos", disse apontando para o companheiro. Depois de quase cair do palco, Bentley tentou fazer a introdução da clássica "Fuck Armageddon... This is Hell". Graffin interveio: "Pare. Brian [Baker, um dos guitarristas da banda], faça você", ordenou.

Depois de ver Pixies, Brujeria, GBH e Mars Volta em 2004, o público brasileiro fechou o ano satisfeito. Só faltou o MC5 realmente aparecer em Goiânia, mas quem sabe em 2005?

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Bad Religion
  • Leia o que já foi publicado sobre o Pennywise
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