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18/12/2004 - 11h27

"O Código Da Vinci" lidera lista dos mais vendidos pelo segundo ano

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JERÔME RIVET
da France Presse, em Washington

Este ano sacramentou o sucesso total de "O Código Da Vinci", o livro mais vendido nos Estados Unidos pelo segundo ano consecutivo, cortejado por Hollywood e objeto de intermináveis polêmicas em vários países.

Quase dois anos depois de sua publicação, em março de 2003, este romance esotérico-religioso ocupa o lugar de maior destaque nas prateleiras da livrarias americanas, onde best-sellers como a autobiografia de Bill Clinton não ficaram mais que algumas semanas.

Com mais de 17 milhões de exemplares vendidos, dos quais dez milhões só nos Estados Unidos, segundo a editora, "O Código Da Vinci" ocupa há 89 semanas a lista dos mais vendidos do "New York Times". No "Washington Post", não apenas lidera o ranking, como é seguido por outros três romances de Dan Brown.

Sua afortunada editora, a DoubleDay, filial da gigante Random House (grupo Bertelsmann), mantém-se no topo da moda com habilidade. Enquanto prepara o lançamento de uma versão "pocket", lançou para as festas de final de ano uma edição de luxo, ricamente ilustrada, que desapareceu das prateleiras apesar do preço salgado de US$ 35.

Depois de se declarar "estupefato" com o sucesso do seu livro, Dan Brown, até então desconhecido, já não fala mais em público. Está em retiro em sua casa de New Hampshire (nordeste), onde escreve seu quinto romance, que deve lançar em 2005.

Hollywood também se interessou pelo livro. Depois de comprar seus direitos autorais por US$ 6 milhões, os estúdios Columbia Pictures encarregaram Ron Howard de dirigir o filme, com estréia prevista para maio de 2006.

O astro Tom Hanks será o professor de simbologia Robert Langdon, uma espécie de Indiana Jones jogado no meio de um jogo mortal de pistas, com sociedades secretas e símbolos escondidos em quadros do Louvre como pano de fundo.

Hanks será cercado por atores franceses. A imprensa especializada já citou nomes como Julie Delpy, Jean Reno e Vincent Cassel como possíveis integrantes do elenco.

O que faz "O Código Da Vinci" um best-seller único é que, ao contrário de tantos outros livros que a gente lê e esquece rapidamente, esta obra motiva o leitor a se informar mais sobre as referências religiosas e artísticas do texto.

"'O Código Da Vinci' conseguiu acender uma enormidade de debates sobre a religião, o sexo, os dogmas da Igreja Católica, os símbolos artísticos, o esoterismo e inclusive a história do mundo ocidental tal como conhecemos", defendeu o jornal "US News and World Report" em um número especial sobre os "segredos" do romance.

No centro da polêmica está a tese de que uma menina nasceu da união entre Jesus e Maria Madalena. Entretanto, a Igreja teria procurado por todos os meios asfixiar esta verdade, a fim de preservar o caráter divino de Jesus. Desta maneira inclui no romance o Opus Dei, a busca do Santo Graal e símbolos ocultos nas obras-primas de Leonardo Da Vinci.

Acusado de "deformar a realidade histórica sobre Cristo" ou de navegar sobre "o filão da teoria da conspiração", Dan Brown destaca que "a controvérsia e o diálogo são saudáveis para religião. Um debate apaixonado é o melhor antídoto contra a apatia, a verdadeira inimiga da religião", acrescenta o autor em seu site na internet.

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