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01/02/2005 - 10h05

Fama de Michael Jackson complica seleção de jurados

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da Folha Online

O cantor Michael Jackson, 46, presencia hoje, pelo segundo dia seguido, em uma sala de audiências na Califórnia, da escolha do júri no caso em que é acusado por abuso sexual contra uma criança. O processo será mais complicado e lento que qualquer outro por conta da fama do pop star, que acaba afastando os candidatos a jurados. Eles temem a demora para conclusão do caso que, segundo alguns especialistas, pode durar até um ano.

Apesar de Jackson ter mantido silêncio nos últimos dias, à espera da manifestação de sua defesa no Tribunal Superior de Santa Bárbara, presidido pelo juiz Rodney Melville --que tem a complexa missão de escolher 12 jurados em um grupo de 750 candidatos--, especialistas em direito dizem que a influência da fama do cantor já podem ser sentidas.

Michael Mariant/AP
Cantor chega ao tribunal
Cantor chega ao tribunal
Segundo a imprensa local, das 314 pessoas ouvidas por Melville ontem, 176 disseram que, se fossem escolhidas, se esforçariam para deixar de lado a família e os empregos e priorizar o julgamento, que deve durar pelo menos seis meses.

Outras 138 pessoas interrogadas se desculparam e disseram preferir não participar, dando como justificativas compromissos ou trabalhos escolares, problemas financeiros e de saúde, entre outras. A corte oficial se negou a dizer quantos deles o juiz Melville concordou em dispensar.

Nesta terça, o juiz Melville planeja ouvir outras 300 pessoas que podem compor o júri. Eles são obrigados a responder um questionário com sete páginas. A previsão é de que um resultado preliminar de selecionados saia no dia 7 de fevereiro.

Um grande júri já havia sido formado em abril para decidir se Jackson seria julgado. Na ocasião, o cantor foi acusado de abuso sexual contra um menor. Assim, ele passou a enfrentar dez acusações: de conspiração com fins extorsivos, seqüestro de um menor de idade, abuso sexual e fornecimento de agente tóxico (vinho) com a finalidade de cometer o delito. O artista nega todas as acusações.

Ajudou no processo do garoto, hoje com 15 anos, contra Michael Jackson o fato deles terem sido filmados de mãos dadas no rancho "Neverland" --de propriedade do astro-- durante um polêmico documentário transmitido pelo TV ABC em fevereiro de 2003.

Circo

Ontem, mais de mil jornalistas de todo o mundo se aglomeraram em frente ao tribunal para conseguir uma credencial e garantir um lugar na sala do que vem sendo chamado de "julgamento do século".

Ao lado de centenas de fãs, eles presenciaram a chegada do cantor ao local no fim da tarde, todo vestido de branco.

Antes disso, os mesmos fãs dançaram e cantaram uma canção de Jackson criticando o promotor que acusa o cantor e vaiaram uma mulher que carregava um cartaz em favor da suposta vítima do cantor, um menino de 15 anos.

No domingo, Michael Jackson divulgou um apelo em vídeo pedindo que todo o processo seja justo. 'Eu tenho fé em nosso sistema judicial e mereço um julgamento justo como qualquer outro cidadão americano', disse ele.

Se condenado, ele pode ter que passar até 21 anos na prisão.

Com agências internacionais

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