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01/02/2005 - 11h57

Entenda as acusações contra Michael Jackson

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da Folha Online

O cantor Michael Jackson, 46, pai de três filhos pequenos, enfrenta dez acusações: de conspiração com fins extorsivos, seqüestro de um menor de idade, abuso sexual e fornecimento de agente tóxico (vinho) com a finalidade de cometer o delito. O artista nega todas as acusações.

Jackson foi preso em novembro de 2003, depois da realização da primeira revista em sua mansão na Califórnia. Liberado depois do pagamento de uma fiança de US$ 3 milhões, a estrela recebeu acusações por agressão sexual contra um menor que tinha 12 anos na época dos fatos --hoje ele tem 15.

No fim do ano passado, os advogados do músico chegaram a pedir o adiamento do julgamento, alegando que a defesa não teria tempo de ler as quase 14 mil páginas fornecidas pelo procurador. Os representantes legais do artista consideraram, também, que não tiveram tempo para examinar os resultados das novas buscas realizadas no rancho (chamado "Neverland", ou "Terra do Nunca") do cantor em 3 e 4 de dezembro.

Na segunda e terceira visitas, os investigadores norte-americanos aproveitaram para coletar uma amostra de DNA de Michael Jackson, a partir da saliva do acusado. O material deve ser usado para esclarecer as acusações de abuso sexual que envolvem o astro.

Acusação

Em depoimento, a mãe do menino que teria sofrido abuso sexual contou ao juiz que ela e sua família foram impedidas de sair da fazenda do cantor e seguir para Los Angeles no dia em que o astro teria molestado seu filho.

A identidade do menor que acusa o cantor chegou a ser revelada, mas em seguida uma ordem judicial determinou que os nomes da suposta vítima e de sua família não fossem mais citados publicamente.

O menor aparece no polêmico documentário "Living With Michael Jackson", do jornalista britânico Martin Bashir, no qual o cantor admite que já dividiu a cama com crianças, "mas não de uma forma sexual, e sim de um jeito doce e carinhoso".

Início

O juiz Rodney Melville, da Corte de Santa Maria, na Califórnia (EUA), o responsável pelo caso, acatou a denúncia formal de abuso sexual contra Michael Jackson no final de abril de 2004. Ela foi apresentada pelo promotor Thomas Sneddon.

Sneddon também foi o promotor do primeiro caso de abuso sexual contra Michael Jackson, em 1993. Mas um ano antes, o cantor chegou a um acordo extrajudicial milionário com familiares e o menino que o acusou. Assim, estes nunca chegaram a apresentar queixas criminais.

Segundo dados divulgados recentemente, Jackson teria pago US$ 15 milhões ao menino, agora um jovem com mais de 20 anos. Em meados dos anos 90, Jackson chegou a escrever uma canção contra Sneddon, no qual o chamava de racista e "homem frio".

Até o início efetivo do julgamento, Michael Jackson participou de diversas audiências com testemunhas do caso e o juiz. Apesar de se tratar de procedimento comum, o cantor não era obrigado a comparecer.

As principais provas contra o cantor, além dos testemunhos, são uma coleção de livros, fitas de vídeo e revistas pornôs confiscadas em "Neverland". O juiz Rodney Melville autorizou os promotores a apresentarem os objetos como evidência, mas determinou que nada deste material seja classificado como pornografia ou material obsceno diante do júri, pois estes termos têm conseqüências legais.

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