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14/04/2005 - 10h23

Programa de Márcia Goldschmidt cresce com plástica sem cortes

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CIRO BONILHA
MARIANA BOTTA
do Agora

Mudar a aparência do telespectador não é novidade na TV, e, com os avanços da medicina estética, esse tipo de atração ganha cada vez mais espaço. No rastro do americano "Extreme Makeover" --exibido por aqui pelo canal a cabo Sony--, a Band tem conseguido levantar a audiência do "Jogo da Vida", comandado por Márcia Goldschimidt, aos domingos. Com média de 5 pontos, o programa chega a 8 e dá picos de 12 durante a exibição do quadro "Espelho, Espelho Meu".

Para a apresentadora, um dos diferenciais do quadro é submeter as pessoas a uma técnica "não invasiva", a bioplastia. Trata-se da injeção, sob a pele, de uma substância modelada para corrigir imperfeições. "Há médicos no Brasil que já usam essa substância, chamada PMMA. É um produto biocompatível que é colocado perto dos ossos", diz Ithamar Nogueira Stocchero, presidente da regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Outros, afirma, ainda não confiam na substância.

Para aplicar o líqüido, são usadas cânulas microscópicas, com pontas arredondadas para não cortar ou perfurar vasos sangüíneos e nervos.

Mesmo sem mostrar cortes, o quadro traz imagens --de gosto duvidoso-- de agulhas sendo introduzidas na pele dos pacientes. Transformações à parte, os resultados mais notáveis têm sido mesmo os da audiência. Tanto que o quadro apareceu de forma discreta, em dezembro de 2004, e vem ganhando espaço. Na semana retrasada, seis pessoas foram ao palco mostrar suas mudanças. No último domingo, o "Jogo da Vida" trouxe até uma transformada "famosa": a aeromoça Cida, do global "BBB 2". "O quadro já teve 45 mil inscritas", conta o diretor da atração, Rodrigo Branco.

O sucesso é tanto que Márcia não está mais sozinha. Desde 13 de março, o "Domingo Legal", de Gugu Liberato, tem o "Sonho de Plástica". Márcia, que teria registrado o quadro em seu nome, já disse no ar estar sendo copiada. Procurado pelo Agora, o diretor do "Domingo Legal" não foi localizado para falar sobre o assunto.

Nos dois casos, a história é igual: uma pessoa relata a sua história, cheia de tristeza por se achar feia. Vem a bioplastia --acompanhada, no "Jogo da Vida", por um trato nos dentes, cabelos, pele e unhas-- e, no ar, a primeira olhada no espelho, geralmente seguida de lágrimas. A diferença é que, no SBT, os telespectadores são poupados de ver em detalhes as agulhadas.

As participantes parecem realizadas. "Achei o máximo. A gente tem sempre que melhorar", afirma Cida. "Estou feliz com o resultado", diz a vendedora Daiane Duarte, 23 anos. Ela só vê problemas em relação ao que aparece na TV. "Mostram as pessoas como se estivessem desesperadas. Eu disse à produção que estava há três anos sem namorar firme, mas ficou parecendo que eu não beijava ninguém." Ela também discorda da maneira como Márcia trata as pessoas. "Parece que todos se acham horríveis. Sou vaidosa e queria mudar uns detalhes. O programa foi a solução."

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