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15/04/2005
-
09h58
JAMES CIMINO
do Agora
Vai ao ar hoje o último capítulo de "Começar de Novo", a problemática novela das sete de Antonio Calmon. A trama fecha com audiência na casa dos 30 pontos, uma redução de cerca de dez pontos no horário em relação ao final de sua antecessora, o sucesso "Da Cor do Pecado".
"Começar" passou por diversos problemas, desde a condução da trama --incluindo entrada e saída de atores-- até o fator "A Escrava Isaura", novela da Record que entrou no ar no mesmo horário e lhe arrancou alguns pontos.
O autor falou com o Agora e, em tom bem-humorado, disse que o título da história se tornou um "carma". Confira abaixo trechos da conversa:
Agora - Afinal, quais foram os problemas dessa novela?
Antonio Calmon - Essa novela foi uma das piores experiências da minha vida. Tive estafa, crises de hipertensão e até fiz uma operação para tirar um tumor benigno. Depois, o Carlos Vereza teve pneumonia, o Vladimir Brichta teve hepatite e um dos diretores, o Carlos Araújo, ficou estressado e teve que se afastar.
Agora - Mas, além desses problemas de saúde da equipe, a novela teve baixos índices de audiência...
Calmon - Acho que essa novela já começou "voduzada". Mas acredito que eu tenha cometido alguns erros na condução da trama.
Agora - Por exemplo?
Calmon - Partindo do nome. "Começar de Novo" foi um nome imposto. Eu havia chamado essa história de "Romance", mas a Globo disse que tinha problemas de registro. "Começar de Novo" [o título] já havia sido recusado pelo Aguinaldo Silva, e eu também acho que essa frase não diz nada e não dá identidade à novela. Além disso, eu e a Elizabeth Jhin [co-autora], apesar de nunca termos nos desentendido, tínhamos visões diferentes da história e acabávamos tendo que entrar em consenso diversas vezes. Esse nome acabou virando um carma, porque eu nunca comecei de novo tantas vezes na minha vida.
Agora - Você sempre coloca ETs em suas tramas. Já viu algum?
Calmon - Nunca. Mas gostaria de ver. Tenho um lado místico, mas coloco os ETs porque escrevo histórias infanto-juvenis. Como trabalhei com cinema, gosto de usar efeitos especiais. Acho que o meu erro em "Começar" foi esse, tentar casar a trama infanto-juvenil com o novelão.
Agora - Você disse que queria fazer minissérie. É verdade?
Calmon - Sim, mas não posso dizer do que se trata. Estou cansado do horário das sete. A audiência está acostumada a romance e chanchada. Nada contra. Já dirigi pornochanchada, mas não sei escrever isso. Além do mais, o horário é vigiado, porque tem criança assistindo. Costumo brincar que a novela das oito virou um puteiro, e a das sete, um convento. Na minissérie, poderei falar de sexo e violência.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a novela "Começar de Novo"
Antonio Calmon avalia o que deu errado em "Começar de Novo"
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do Agora
Vai ao ar hoje o último capítulo de "Começar de Novo", a problemática novela das sete de Antonio Calmon. A trama fecha com audiência na casa dos 30 pontos, uma redução de cerca de dez pontos no horário em relação ao final de sua antecessora, o sucesso "Da Cor do Pecado".
"Começar" passou por diversos problemas, desde a condução da trama --incluindo entrada e saída de atores-- até o fator "A Escrava Isaura", novela da Record que entrou no ar no mesmo horário e lhe arrancou alguns pontos.
O autor falou com o Agora e, em tom bem-humorado, disse que o título da história se tornou um "carma". Confira abaixo trechos da conversa:
Agora - Afinal, quais foram os problemas dessa novela?
Antonio Calmon - Essa novela foi uma das piores experiências da minha vida. Tive estafa, crises de hipertensão e até fiz uma operação para tirar um tumor benigno. Depois, o Carlos Vereza teve pneumonia, o Vladimir Brichta teve hepatite e um dos diretores, o Carlos Araújo, ficou estressado e teve que se afastar.
Agora - Mas, além desses problemas de saúde da equipe, a novela teve baixos índices de audiência...
Calmon - Acho que essa novela já começou "voduzada". Mas acredito que eu tenha cometido alguns erros na condução da trama.
Agora - Por exemplo?
Calmon - Partindo do nome. "Começar de Novo" foi um nome imposto. Eu havia chamado essa história de "Romance", mas a Globo disse que tinha problemas de registro. "Começar de Novo" [o título] já havia sido recusado pelo Aguinaldo Silva, e eu também acho que essa frase não diz nada e não dá identidade à novela. Além disso, eu e a Elizabeth Jhin [co-autora], apesar de nunca termos nos desentendido, tínhamos visões diferentes da história e acabávamos tendo que entrar em consenso diversas vezes. Esse nome acabou virando um carma, porque eu nunca comecei de novo tantas vezes na minha vida.
Agora - Você sempre coloca ETs em suas tramas. Já viu algum?
Calmon - Nunca. Mas gostaria de ver. Tenho um lado místico, mas coloco os ETs porque escrevo histórias infanto-juvenis. Como trabalhei com cinema, gosto de usar efeitos especiais. Acho que o meu erro em "Começar" foi esse, tentar casar a trama infanto-juvenil com o novelão.
Agora - Você disse que queria fazer minissérie. É verdade?
Calmon - Sim, mas não posso dizer do que se trata. Estou cansado do horário das sete. A audiência está acostumada a romance e chanchada. Nada contra. Já dirigi pornochanchada, mas não sei escrever isso. Além do mais, o horário é vigiado, porque tem criança assistindo. Costumo brincar que a novela das oito virou um puteiro, e a das sete, um convento. Na minissérie, poderei falar de sexo e violência.
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