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17/05/2005
-
17h27
JEAN-FRANÇOIS GUYOT
da France Presse, em Cannes
O ator brasileiro Breno Mello está em Cannes 46 anos depois da Palma de Ouro dada a "Orfeu Negro", obra-prima do francês Marcel Camus. Breno foi à França por conta do lançamento de um documentário sobre este clássico do cinema. O documentário foi produzido pela TV Arte e será apresentado fora da competição, na mostra paralela "Cannes Cinéfilos".
Breno Mello, um aposentado de 74 anos, foi localizado por Jean Philippe, conselheiro do documentário "Em busca do Orfeu Negro", em Porto Alegre, onde vive numa "casa de pobre". Em 1959, Breno Mello não pôde ir a Cannes, apesar do convite do diretor.
"Nunca soube por que não fiz a viagem, se era um problema de visto, de meios financeiros ou qualquer outra coisa. Disseram-me para ficar preparado para ir à França, mas depois não aconteceu nada", disse ele à France Presse, tímido mas feliz por estar agora no festival mais importante do mundo.
"Marcel Camus me ensinou a atuar. Ele era muito gentil e a filmagem foi maravilhosa. Era muito paciente", recorda Breno Mello, encontrado numa rua do Rio de Janeiro em 1956. Na época, o diretor francês pediu que seus conhecidos no Brasil o ajudassem a encontrar o seu "Orfeu" negro.
"Eu estava passeando e um senhor me perguntou se eu queria fazer cinema. Disse que sim", explicou Mello, na época jogador de futebol do Santos, o mesmo time em que Pelé jogou. Camus aprovou Breno assim que o conheceu. Ele ficou fascinado com sua beleza, um aspecto essencial para o filme que queria fazer.
O Grande Prêmio no Festival de Cinema de Cannes impulsionou na época a carreira de Breno Mello, que fez mais oito filmes.
"O cinema brasileiro não tinha financiamento na época. Não podia me sustentar com o cinema e, por isso, retornei ao futebol, antes de começar a vender folhetos publicitários em Porto Alegre", destacou Mello.
Depois de meses de investigação, a equipe de "Em busca do Orfeu Negro", dirigido por René Letzgus e Bernard Tournois, conseguiu localizar Breno Mello, que muitos davam como morto. O governo brasileiro, então, aceitou financiar sua viagem.
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Breno Mello, um aposentado de 74 anos, foi localizado por Jean Philippe, conselheiro do documentário "Em busca do Orfeu Negro", em Porto Alegre, onde vive numa "casa de pobre". Em 1959, Breno Mello não pôde ir a Cannes, apesar do convite do diretor.
"Nunca soube por que não fiz a viagem, se era um problema de visto, de meios financeiros ou qualquer outra coisa. Disseram-me para ficar preparado para ir à França, mas depois não aconteceu nada", disse ele à France Presse, tímido mas feliz por estar agora no festival mais importante do mundo.
"Marcel Camus me ensinou a atuar. Ele era muito gentil e a filmagem foi maravilhosa. Era muito paciente", recorda Breno Mello, encontrado numa rua do Rio de Janeiro em 1956. Na época, o diretor francês pediu que seus conhecidos no Brasil o ajudassem a encontrar o seu "Orfeu" negro.
"Eu estava passeando e um senhor me perguntou se eu queria fazer cinema. Disse que sim", explicou Mello, na época jogador de futebol do Santos, o mesmo time em que Pelé jogou. Camus aprovou Breno assim que o conheceu. Ele ficou fascinado com sua beleza, um aspecto essencial para o filme que queria fazer.
O Grande Prêmio no Festival de Cinema de Cannes impulsionou na época a carreira de Breno Mello, que fez mais oito filmes.
"O cinema brasileiro não tinha financiamento na época. Não podia me sustentar com o cinema e, por isso, retornei ao futebol, antes de começar a vender folhetos publicitários em Porto Alegre", destacou Mello.
Depois de meses de investigação, a equipe de "Em busca do Orfeu Negro", dirigido por René Letzgus e Bernard Tournois, conseguiu localizar Breno Mello, que muitos davam como morto. O governo brasileiro, então, aceitou financiar sua viagem.
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