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06/06/2005 - 15h55

Veja a cronologia do caso de abuso sexual contra Jackson

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da France Presse, em Santa Maria

Processado pelo crime de abuso sexual de um adolescente, Michael Jackson, 46, já sofreu no passado outras acusações do mesmo tipo que não chegaram a ser denunciadas oficialmente. Nos dois casos anteriores, o cantor fez acordos milionários com as famílias dos garotos.

Veja abaixo a cronologia dos fatos:

1990

Filho de uma ex-empregada da casa de Michael Jackson acusa o astro de abuso sexual. Após acordo com a família da suposta vítima, nenhuma denúncia formal é feita.

1993

Agosto: A polícia de Los Angeles inicia investigação criminal contra o astro após o garoto Jordie Chandler, 13, confessar a seu terapeuta que foi molestado sexualmente por Jackson --que, na época, estava na turnê mundial de seu álbum "Dangerous".

Setembro - Chandler entra com processo contra Jackson, acusando-o de agressão sexual, negligência e fraude.

Dezembro: Na televisão, o cantor diz que é inocente e que foi humilhado pela polícia, que fotografou seu órgão genital como parte da investigação.

1994

Janeiro: Advogados de Chandler e de Jackson dizem que o astro concordou com um acordo extrajudicial --cujo valor foi anunciado pela imprensa como tendo sido de US$ 23 milhões. Após o acordo, a promotoria diz que nenhuma acusação seria registrada formalmente.

2003

Fevereiro: É exibido o documentário "Vivendo com Michael Jackson", feito pelo jornalista britânico Martin Bashir, no qual o astro diz que divide sua cama com crianças e aparece de mãos dadas com Gavin Arvizo, um garoto de 13 anos que tinha câncer na época --e que depois o acusaria de abuso sexual. Oficiais da área do bem-estar infantil do governo norte-americano iniciam uma investigação, interrompida após o garoto negar ter sido vítima de molestamento.

Junho: Um psicólogo de Los Angeles diz aos oficiais do bem-estar infantil que Arvizo confessou ter sido molestado por Jackson, iniciando uma investigação da polícia de Santa Maria.

Novembro: A polícia faz buscas no rancho de Jackson, Neverland. O astro é preso e liberado depois de pagar uma fiança de US$ 3 milhões.

Dezembro: Jackson é acusado de cometer "atos libidinosos" contra um menor e de embebedá-lo para abusar dele.

2004

Janeiro: Convocado à corte de Santa Maria, Jackson se declara inocente. Na saída, o astro dança no teto de seu carro e manda beijos para a multidão de fãs que o esperava.

Abril: Rodney Melville, juiz da Corte Superior de Santa Maria, anuncia que um Jackson será julgado por um júri popular, que avaliaria dez acusações contra o astro, incluindo molestamento de criança, fornecimento de álcool a um menor de idade e conspiração para seqüestrar uma criança.

O JULGAMENTO

2005

Fevereiro: Começam as declarações de abertura da promotoria e da defesa. Tom Sneddon, promotor do distrito de Santa Maria, descreve o astro como um "predador sexual que atrai crianças para Neverland". O líder da defesa de Jackson, Thomas Mesereau Jr., ataca a mãe do garoto que acusa o cantor, descrevendo-a como uma "vigarista com um longo histórico de falsas denúncias" que teria manipulado seu filho para que este denunciasse o astro, em busca de dinheiro.

1º de março: O jornalista Martin Bashir é convocado, mesmo após ter pedido para não testemunhar no caso. Ele invoca o segredo de imprensa e se recusa a responder a diversas perguntas.

10 de março: O menor de 15 anos, a principal testemunha de acusação contra Jackson, depõe e afirma que o cantor lhe serviu bebidas alcoólicas e o masturbou duas vezes. A defesa do astro aponta contradições no depoimento, confirma que Arvizo já havia negado qualquer molestamento anteriormente e acusa o menino de ter inventado a história após um encontro com um advogado.

11 de março: Jackson se atrasa para o segundo dia de depoimento de seu acusador, o que leva o juiz Melville a emitir um mandado de prisão contra o astro. Pouco antes de esgotar o novo prazo estipulado pelo juiz para que Jackson aparecesse, o astro surge vestindo pijamas e alegando ter sido internado às pressas para tratar de uma dor nas costas.

28 de março: O juiz Melville autoriza a promotoria a apresentar evidências de casos anteriores de má conduta sexual de Jackson. São mencionados os casos de Jordie Chandler, o garoto que acusou o astro em 1993, e do filho de uma ex-empregada do cantor, que também retirou uma acusação contra Jackson em troca de dinheiro, em 1990.

5 e 6 de abril: Dois ex-empregados de Jackson depõem. Uma ex-governanta afirma ter visto o cantor tomando banho com uma criança de aproximadamente oito anos, no início dos anos 90. Um ex-segurança afirma ter visto o astro fazendo sexo oral em um menor. A defesa ataca ambos mostrando que já haviam perdido uma disputa jurídica com o astro; o segurança já havia sido condenado por roubar o cantor.

13 de abril: Mãe da suposta vítima é convocada a depor. Ela afirma que o rancho do cantor, "é um covil de bebidas alcoólicas, pornografia e sexo com garotos" e afirma que foi mantida refém por seguranças de Jackson e forçada a gravar um vídeo com depoimentos a favor do astro. Respondendo à defesa, ela admite ter utilizado milhares de dólares, doados para o tratamento de seu filho, em benefício próprio. Ela também não explica por que não chamou a polícia quando o cantor supostamente a manteve presa.

28 de abril: Os promotores convocam a enfermeira Debbie Rowe, ex-mulher de Jackson e mãe de dois de seus filhos, na tentativa de provar que o astro a impedia de ver os filhos e a teria forçado a gravar um vídeo exaltando-o. Rowe, contudo, descreve Jackson como "uma grande pessoa e um pai exemplar".

4 de maio: A promotoria encerra sua parte após convocar 85 testemunhas e apresentar mais de 500 peças de evidência.

5 de maio: A defesa inicia sua atuação convocando os dois garotos que passaram a infância ao lado do cantor. Ambos afirmam terem dormido junto com o astro, mas negam firmemente terem sido molestados. A mãe de um deles também depõe e diz que sempre confiou em Jackson.

11 de maio: O ator Macaulay Culkin depõe, nega qualquer comportamento inadequado por parte de Jackson e diz que as acusações contra o astro são "ridículas".

19 de maio: O juiz Melville considera "irrelevante" e dispensa o testemunho do apresentador de "talk show" Larry King ao júri, após ele dizer que o advogado da família da suposta vítima havia lhe dito que a mãe era uma "lunática atrás de dinheiro".

24 de maio: A defesa chama suas últimas testemunhas. O apresentador de TV Jay Leno afirma ter recebido inúmeros telefonemas de Gavin Arvizo que soavam "excessivamente elogiosos" e "pareciam ensaiados", mas disse que o garoto nunca lhe pediu dinheiro. O ator Chris Tucker diz que Gavin e seu irmão caçula tentaram, diversas vezes, conseguir dinheiro e presentes e que a mãe dos garotos tinha um comportamento bizarro, como se estivesse "possuída". Tucker também disse que alertou Jackson sobre o perigo que a família representava.

25 de maio: A defesa encerra sua parte após convocar 50 testemunhas. No dia seguinte, o juiz Melville autoriza a promotoria a exibir o vídeo do depoimento da suposta vítima à polícia, para provar a consistência das acusações do garoto.

de 26 de maio a 2 de junho: A promotoria e a defesa finalizam as argumentações e conclusões. O juiz responsável orienta os jurados.

3 de junho: O júri se reúne para definir o caso.

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