Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/07/2005 - 15h57

"Os Ricos Também Choram" dá 2º lugar no ibope ao SBT

Publicidade

KARINA KLINGER
da Folha Online

O SBT ficou em segundo lugar no ibope, atrás só da Globo, com a estréia de sua novela "Os Ricos Também Choram", ontem à noite. A produção caprichou na reconstituição de época (anos 30), no tratamento cinematográfico do capítulo, na trilha sonora e na atuação do elenco. No entanto, a mistura de sotaques ("caipirês" e "carioquês) dos protagonistas confundiu um pouco o telespectador.

A novela conta a história de Mariana (Thaís Fersoza), uma camponesa que trabalha em uma fazenda de café. Sua mãe --estuprada pelo dono da fazenda, o coronel Evaristo Martins (Flavio Galvao)-- morre após o parto. A trama vai esquentar após a morte do coronel, quando Mariana herdará tudo.

O capítulo de estréia teve um audiência de 16,90 pontos na média e de 20 pontos no pico. No mesmo horário, a Globo com a novela "América" estava com 45 pontos. A boa audiência da nova produção do SBT foi favorecida pelo penúltimo capítulo de "Esmeralda".

Reciclagem de idéias

A emissora teve um cuidado com a reconstituição de época, já que a novela se passa em 1932. Carros antigos e uma réplica de um bonde mostram que as intenções são boas e nos remete a um sucesso antigo da emissora de Silvio Santos, a novela "Éramos Seis", exibida em 1994. Aliás, a mansão do personagem de Jonas Bloch lembra um pouco a antiga casa de dona Lola (Irene Ravache) da novela baseada no romance de Maria José Dupré.

Talvez a única falha da cidade cenográfica seja o fato de que a tinta ainda esteja fresca demais, as casas são tão limpinhas. Os cenógrafos poderiam sujar um pouco mais as fachadas das edificações que aparecem na trama. Mas o fato é que a fotografia surpreendeu. O tom cinematográfico, às vezes exagerado, causou impacto em noite de estréia. Só não vale exagerar na dose, porque novela tem um tempo mais ágil.

A performance dos atores foi outro ponto alto do primeiro capítulo da trama. O elenco de peso formado por Flavio Galvão, Jonas Bloch, Glauce Graieb, Françoise Forton e Mika Lins mostrou o que sabe realmente fazer diante das câmeras. Até as novatas Thaís Fersoza e Ludmila Dayer se saíram bem.

Escova progressiva

Um das poucas falhas foi o efeito iô-iô do sotaque do coronel Evaristo Martins e de Mariana, o "caipirês" e "carioquês" acabaram por embaralhar um pouco o texto. E o cabelo alongado da pobre moça? Ficou intacto mesmo depois da labuta árdua na lavoura de café -- coisas de novela.

A história de Mariana resgata a inocência de uma época saudosa que tem dado certo nos últimos tempos ao se retratada na tela. A Globo, por exemplo, acertou em cheio no gênero com "Chocolate com Pimenta", novela de Walcyr Carrasco, exibida em 2003. O mesmo aconteceu com "A Escrava Isaura", aposta da Record, que fez subir a audiência da emissora.

Bater a novela "América" no horário pode ser uma tarefa árdua, mas quem sabe os telespectadores não estejam cansados do "sonho americano" de Sol. A idéia de transformar o texto original, sucesso latino-americano nos anos 80, em trama de época deu certo.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre "Os Ricos Também Choram"
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página