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05/08/2005
-
17h55
JULIANA CARPANEZ
da Folha Online
Não é necessário muito esforço para achar graça no enredo da crise que assola o Brasil nos últimos meses. Há deputado com pinta de herói, ex-secretaria encantada com a fama, dólares na cueca, contradições homéricas e um elenco com nomes dignos de novela mexicana: Roberto Jefferson, Marcos Valério e Fernanda Karina, para citar alguns exemplos.
Momentos como esse são preciosos para humoristas, que encontram rico material para suas piadas. A situação, no entanto, é tão absurda que está difícil fugir da realidade na hora de fazer graça (o nome do ex-tesoureiro Jacinto Lamas, por exemplo, é um trocadilho pronto). "Do jeito que está, daqui a pouco meu trabalho vira documentário", brinca Antonio Pedro Tabet, 31, criador do site de humor Kibe Loco.
Pode estar complicado, mas a página consegue driblar o lugar-comum e fazer os internautas rirem. Uma das montagens, por exemplo, coloca rostos conhecidos da CPI sobre os corpos dos personagens de "Sin City - A Cidade do Pecado". Na versão brasileira, as estrelas formam o bando dos "Sin Vergonha".
Google
No ar desde 2002, a página conta com 100 mil visitantes únicos por dia --o pico foi no ano passado (3 milhões de visitantes únicos), quando o site mostrou o jornalista William Bonner imitando o estilista Clodovil. "Se fosse empresa, seria melhor que o Google porque os número só aumentam", empolga-se o publicitário carioca que produz sozinho todo o material do site.
Ainda não é empresa, mas a situação pode mudar. Há cerca de um mês, Tabet largou seu emprego e agora se dedica somente à página, eliminando a dupla jornada agência de publicidade/posts (conteúdo publicado no blog) na madrugada. Ele ainda não ganha dinheiro, mas diz estar envolvido em negociações para lucrar com o humor --na internet e, ao que tudo indica, off-line também.
Pânico
Um dos palpites mais óbvios seria a televisão, já que o humorístico "Pânico na TV" garantiu bons pontos de audiência para a Rede TV!. O programa, por sinal, utiliza com freqüência o conteúdo do Kibe Loco na paródia do "Leitura Dinâmica", que a cada semana ganha um nome diferente.
Tabet, que considera alguns quadros do programa engraçados, só não dá risada quando a turma de Emílio Surita deixa de dar créditos para as piadas do Kibe Loco. "Antes eles citavam o site. Depois que o sucesso aumentou, eles passaram a 'esquecer' de creditar", diz. Talvez seja hora de a turma do Pânico calçar as sandálias da humildade.
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da Folha Online
Não é necessário muito esforço para achar graça no enredo da crise que assola o Brasil nos últimos meses. Há deputado com pinta de herói, ex-secretaria encantada com a fama, dólares na cueca, contradições homéricas e um elenco com nomes dignos de novela mexicana: Roberto Jefferson, Marcos Valério e Fernanda Karina, para citar alguns exemplos.
Momentos como esse são preciosos para humoristas, que encontram rico material para suas piadas. A situação, no entanto, é tão absurda que está difícil fugir da realidade na hora de fazer graça (o nome do ex-tesoureiro Jacinto Lamas, por exemplo, é um trocadilho pronto). "Do jeito que está, daqui a pouco meu trabalho vira documentário", brinca Antonio Pedro Tabet, 31, criador do site de humor Kibe Loco.
Reprodução |
O empresário Marcos Valério é a estrela da produção |
No ar desde 2002, a página conta com 100 mil visitantes únicos por dia --o pico foi no ano passado (3 milhões de visitantes únicos), quando o site mostrou o jornalista William Bonner imitando o estilista Clodovil. "Se fosse empresa, seria melhor que o Google porque os número só aumentam", empolga-se o publicitário carioca que produz sozinho todo o material do site.
Ainda não é empresa, mas a situação pode mudar. Há cerca de um mês, Tabet largou seu emprego e agora se dedica somente à página, eliminando a dupla jornada agência de publicidade/posts (conteúdo publicado no blog) na madrugada. Ele ainda não ganha dinheiro, mas diz estar envolvido em negociações para lucrar com o humor --na internet e, ao que tudo indica, off-line também.
Pânico
Um dos palpites mais óbvios seria a televisão, já que o humorístico "Pânico na TV" garantiu bons pontos de audiência para a Rede TV!. O programa, por sinal, utiliza com freqüência o conteúdo do Kibe Loco na paródia do "Leitura Dinâmica", que a cada semana ganha um nome diferente.
Tabet, que considera alguns quadros do programa engraçados, só não dá risada quando a turma de Emílio Surita deixa de dar créditos para as piadas do Kibe Loco. "Antes eles citavam o site. Depois que o sucesso aumentou, eles passaram a 'esquecer' de creditar", diz. Talvez seja hora de a turma do Pânico calçar as sandálias da humildade.
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