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09/08/2005 - 11h31

Crise no governo vira assunto para todos os públicos na TV

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do Agora

CPI dos Correios, mensalão, Marcos Valério, José Dirceu, Roberto Jefferson. Termos e nomes referentes à política têm dominado a programação da TV. O que antes era matéria-prima dos jornalísticos agora ocupa grande parte das atrações, em quase todas as emissoras.

Como hoje em dia não há dica de decoração que chame mais atenção que os bastidores da política, até programas matinais femininos se renderam ao assunto. "É impressionante como o público está mais politizado. Há alguns anos, os programas apresentados por mulheres eram estritamente femininos. Isso mudou. A gente faz o forno e fogão, mas não é o principal", conta Olga Bongiovanni, apresentadora do "Bom Dia Mulher", da Rede TV!.

Olga já entrevistou o senador Álvaro Dias e Fernanda Karina Somaggio (ex-secretária de Marcos Valério), uma das mais "aparecidas" em atrações televisivas --ela esteve também no "Mais Você" (Globo), de Ana Maria Braga. A loira recebeu ainda o senador Eduardo Suplicy.

"É um momento de análise e reflexão. Depois desse episódio, a população estará mais consciente, porque o nível de informação é maior. É impossível um brasileiro estar alheio a isso", completa Olga.

Cazé, da MTV, tem a mesma percepção. "As pessoas acompanham o que está acontecendo. Em locais públicos, as TVs têm ficado ligadas. Todos estão de olho."

Gilberto Barros reuniu jornalistas e políticos em seu "Boa Noite Brasil" (Band) para discutir a crise do mensalão. "O assunto do momento não é a seleção de futebol nem a novela. O assunto é Lula, Zé Dirceu e Marcos Valério. Temos a obrigação de informar, não só de entreter."

A discussão tem rendido tanto que Jô Soares estabeleceu debates semanais em seu programa. Estiveram lá o senador Eduardo Suplicy, Delcídio Amaral (presidente da CPI dos Correios), Roberto Jefferson e a senadora Heloísa Helena, entre outros. "Na época do Collor, já fazíamos isso. A situação de agora nos fez retomar esse trabalho", explica o diretor Willem van Weerelt.

Os programas podem ter bom resultado no ibope, mas quem se deu bem mesmo foi a TV Senado. Sua audiência foi multiplicada por mais dez vezes em cinco meses, subindo da 36ª para a 23ª colocação entre os canais pagos.

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