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05/09/2005 - 17h14

"Pânico" tenta sair da crise e aposta nas "sandálias da bondade"

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MARY PERSIA
da Folha Online

Os críticos reclamaram, o público começou a se cansar e o processo de renovação tornou-se inevitável e inadiável. Em meio a uma crise de criatividade, o "Pânico na TV" começa a dar os primeiros sinais de renovação em seus quadros.

No programa que foi ao ar neste domingo (4), a dupla Vesgo e Ceará continuou na cola dos famosos, mas dessa vez se apoiou em um motivo nobre para abordá-los: arrecadar doações para o Retiro dos Artistas. Ficaram na porta da Daslu, cujo terraço foi cenário do leilão promovido por Luciano Huck em prol do Instituto Criar de TV e Cinema, ocorrido na última quarta-feira (31 de agosto).

Divulgação
Vesgo e Ceará fizeram "ação beneficente" em programa
Vesgo e Ceará fizeram "ação beneficente" em programa
Com uma faixa que pedia doações para a entidade de auxílio a artistas aposentados e uma lista em que Silvio Santos anotava os nomes das celebridades contribuintes, a dupla conseguiu arrecadar quase R$ 17 mil. Quem não colocou a mão no bolso ou fez doações "simbólicas" levou o carimbo de "mão-de-vaca", numa espécie de "sandálias da bondade".

"Não fugimos do que costumamos fazer, que é sempre pegar em um determinado ponto das celebridades para mostrar quem é quem", diz Rodrigo Scarpa, o Vesgo. "Se o foco da humildade não está pegando mais, vamos para outro, como o dinheiro. A essência é a mesma, mas há uma renovação", diz o ator.

Ana Maria Braga e Hortência contribuíram com R$ 5 mil e R$ 7 mil, respectivamente --de longe, as maiores doações. O restante não deu mais do que R$ 50, como Rubinho Barrichello e Preta Gil. Bruno de Lucca deu R$ 2.

Scarpa afirma que o quadro foi também uma crítica ao processo de doação de determinadas entidades, que, segundo ele, não mostram o destino final da verba. "Levamos as doações para o Retiro dos Artistas. Muitas vezes você não sabe para onde vai o dinheiro", disse o ator, sem citar nenhuma entidade e excluindo o trabalho do apresentador da Globo. "Deixamos claro que o trabalho do Luciano (Huck) é bacana."

O último programa teve também mais espaço para o esporte, com Merchan Neves, Casagrande e os anões Tevez e Robinho cobrindo a seleção brasileira. A política, área que meses atrás era abordada pelos humoristas sem grande entusiasmo, ganhou uma sátira com "Severino Cavalcante" --a música "Severina Xique-Xique" com letra sobre o suposto "mensalinho" do presidente da Câmara (vale lembrar que o chargista Maurício Ricardo já havia usado a melodia para o mesmo personagem em fevereiro deste ano).

"Estamos nos cobrando para renovar, fazer coisas diferentes. Humor também é difícil", desabafa Scarpa. Ele admite que a equipe do programa sentiu a reação negativa dos últimos tempos, mas diz que já há uma recuperação.

O programa deste domingo teve média de audiência de 7,2 pontos e pico de 12,4 (contra 6,7 de média e 11,3 de pico do fim de semana anterior), segundo dados divulgados pela Rede TV!.

Carolina Dieckman

Após uma briga na Justiça, Scarpa afirma que Carolina Dieckmann é coisa do passado. Ela estava no evento na Daslu quando Vesgo e Ceará gravaram seu quadro. O advogado da atriz, Ricardo Brajtermann, afirmou que os humoristas descumpriram liminar que os obrigava a manter distância de Carolina.

"O foco do quadro era o dinheiro. Não estávamos atrás dela", defende-se o ator. "Já a esquecemos. Ela está com mania de perseguição. Criou-se uma situação que não existiu."

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