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07/10/2005
-
20h01
SÉRGIO RIPARDO
Editor de Ilustrada da Folha Online
Uma megaboate, que abriu em agosto na Vila Olímpia com foco no público gay, decide, até o fim do mês, se fecha as portas. A informação é do empresário Roberto Assef, que também cogita vender a casa noturna ou implantar um novo projeto no local.
Com capacidade para 1.200 pessoas, a "G Club" foi inaugurada no dia 18 de agosto na rua Gomes de Carvalho, 560, onde funcionava o Gitana. Era uma sociedade entre Assef e a Fractal, editora que publica a "G Magazine", revista mensal de ensaio de nu masculino.
Mas a parceria foi desfeita apenas 17 dias após a inauguração. Com a saída da Fractal da sociedade, a casa passou a se chamar "REDJ" (do inglês, "Hey DJ"). Advogados de Assef ainda avaliam se vão acionar a justiça para cobrar valores da ex-sócia pelo investimento feito na boate.
"No início, a média era de 400 a 500 pessoas na boate. Ontem, foram só 11 pessoas. Não esperava um declínio tão grande. Este projeto como está não se salva mais. Estou na mão. Vou esperar até o fim deste mês para decidir se fecho ou não", diz Assef.
Ele estima que só a reforma do imóvel custou mais de R$ 180 mil e diz ter o registro da marca "G Club". O empresário rebate a tese de que a localização da boate --a Vila Olímpia, tida como um reduto heterossexual-- prejudicou o empreendimento.
"O mundo é gay. São Paulo é uma metrópole. Não é uma cidade bobinha e inocente. O problema não foi a Vila Olímpia. Há no bairro outros lugares freqüentados por esse público."
Assef admite que sua experiência na noite GLS foi malsucedida. "Não sou do mundo gay. Fui embalado por uma idéia, por uma parceria. Mas ninguém controla se uma boate vai cair ou não no gosto do público."
Após o fracasso do acordo com a Fractal, ele tentou minimizar o foco da casa no público gay, procurando atrair os heterossexuais descolados e moderninhos. Também mudou a programação de DJs. "Evito estereotipar os lugares, mas a boate também está queimada como uma casa hétero."
A concorrência com outras boates também é forte. "Sei que é difícil competir com a The Week nos sábados", afirma Assef, em referência à megaboate gay da Lapa (r. Guaicurus, 324), do empresário André Almada.
A esperança de Assef é encontrar um suposto novo parceiro interessado em investir e colocar em prática um novo projeto para a casa. Mas diz que não pode revelar com quem está negociando. "Sozinho, tenho fôlego financeiro até o fim deste mês."
Nesta sexta-feira, a REDJ promete abrir normalmente, promovendo uma festa de house music.
Informada pela reportagem sobre a entrevista de Assef, a assessoria de imprensa da Fractal informou que a editora da revista, Ana Fadigas, viajou e não está disponível nesta sexta-feira para comentar o assunto.
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Editor de Ilustrada da Folha Online
Uma megaboate, que abriu em agosto na Vila Olímpia com foco no público gay, decide, até o fim do mês, se fecha as portas. A informação é do empresário Roberto Assef, que também cogita vender a casa noturna ou implantar um novo projeto no local.
Com capacidade para 1.200 pessoas, a "G Club" foi inaugurada no dia 18 de agosto na rua Gomes de Carvalho, 560, onde funcionava o Gitana. Era uma sociedade entre Assef e a Fractal, editora que publica a "G Magazine", revista mensal de ensaio de nu masculino.
Mas a parceria foi desfeita apenas 17 dias após a inauguração. Com a saída da Fractal da sociedade, a casa passou a se chamar "REDJ" (do inglês, "Hey DJ"). Advogados de Assef ainda avaliam se vão acionar a justiça para cobrar valores da ex-sócia pelo investimento feito na boate.
"No início, a média era de 400 a 500 pessoas na boate. Ontem, foram só 11 pessoas. Não esperava um declínio tão grande. Este projeto como está não se salva mais. Estou na mão. Vou esperar até o fim deste mês para decidir se fecho ou não", diz Assef.
Ele estima que só a reforma do imóvel custou mais de R$ 180 mil e diz ter o registro da marca "G Club". O empresário rebate a tese de que a localização da boate --a Vila Olímpia, tida como um reduto heterossexual-- prejudicou o empreendimento.
"O mundo é gay. São Paulo é uma metrópole. Não é uma cidade bobinha e inocente. O problema não foi a Vila Olímpia. Há no bairro outros lugares freqüentados por esse público."
Assef admite que sua experiência na noite GLS foi malsucedida. "Não sou do mundo gay. Fui embalado por uma idéia, por uma parceria. Mas ninguém controla se uma boate vai cair ou não no gosto do público."
Após o fracasso do acordo com a Fractal, ele tentou minimizar o foco da casa no público gay, procurando atrair os heterossexuais descolados e moderninhos. Também mudou a programação de DJs. "Evito estereotipar os lugares, mas a boate também está queimada como uma casa hétero."
A concorrência com outras boates também é forte. "Sei que é difícil competir com a The Week nos sábados", afirma Assef, em referência à megaboate gay da Lapa (r. Guaicurus, 324), do empresário André Almada.
A esperança de Assef é encontrar um suposto novo parceiro interessado em investir e colocar em prática um novo projeto para a casa. Mas diz que não pode revelar com quem está negociando. "Sozinho, tenho fôlego financeiro até o fim deste mês."
Nesta sexta-feira, a REDJ promete abrir normalmente, promovendo uma festa de house music.
Informada pela reportagem sobre a entrevista de Assef, a assessoria de imprensa da Fractal informou que a editora da revista, Ana Fadigas, viajou e não está disponível nesta sexta-feira para comentar o assunto.
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