Publicidade
Publicidade
13/12/2005
-
09h54
RONALDO EVANGELISTA
Colaboração para a Folha de S.Paulo
Termos como música "do mundo", "étnica", "de raiz", "tradicional" podem assustar alguns. A imagem geralmente associada a isso são os clichês de ioga & incenso e discos com valor musical indiferente, coisas como "O Som das Baleias". Mas, como em todo e qualquer estilo musical, sempre há aqueles interessados em conhecer mais, buscar mais e fazer mais, partindo de onde conhecemos para chegar em lugares novos.
Como é o caso do Mawaca, grupo que comemora hoje à noite seu décimo aniversário de existência com uma apresentação no Sesc Vila Mariana e o lançamento de uma caixa compilando todo o seu trabalho na última década --quatro álbuns e um CD de remixes, mais um livreto de 60 páginas com textos e fotos.
Criado pela cantora, musicista, arranjadora, compositora e pesquisadora Magda Pucci, o Mawaca é um "grupo de estudos de sonoridades do mundo", atualmente formado por sete cantoras e instrumentos como vibrafone, violoncelo, flauta, violino, acordeão, contrabaixo, saxofone, tabla e conga.
Buscando, interpretando e reinterpretando cantos indígenas, mantras indianos, temas búlgaros e canções finlandesas, portuguesas, hebraicas, africanas, japonesas, celtas, brasileiras e o que mais surgir e interessar no trabalho de pesquisa, o grupo tem como proposta "ir atrás do que há de interessante e diferente em qualquer música e traduzir isso para nossa musicalidade". "A gente busca aquele diferencial em qualquer música e trazemos para nós", explica Magda.
Ela faz questão também de dizer que detesta o rótulo "world music", que "geralmente define um pop de vigésima qualidade". Mas por que isso acontece? "Hoje em dia a world music é considerada apenas a música do Terceiro Mundo, da periferia, de quem não fala inglês. Não deixa de ser verdade, mas é mais que isso, é aquela música interessante que está escondida, esperando para ser descoberta", explica.
E o Mawaca sofre esse preconceito? "O que distancia as pessoas do Mawaca não é o som, é o conceito. Se você fala de uma música que pesquisa a sonoridade de vários lugares do mundo, a pessoa já fica 'ah, não, não é para mim', mas se ela ouve, ela gosta, sem nem saber direito como e porquê."
Mawaca
Quando: hoje, às 21h
Onde: Sesc Vila Mariana (r. Pelotas, 141, tel. 0/xx/11 5080-3000)
Quanto: R$ 15
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Mawaca
Mawaca leva "sons do mundo" ao Sesc
Publicidade
Colaboração para a Folha de S.Paulo
Termos como música "do mundo", "étnica", "de raiz", "tradicional" podem assustar alguns. A imagem geralmente associada a isso são os clichês de ioga & incenso e discos com valor musical indiferente, coisas como "O Som das Baleias". Mas, como em todo e qualquer estilo musical, sempre há aqueles interessados em conhecer mais, buscar mais e fazer mais, partindo de onde conhecemos para chegar em lugares novos.
Como é o caso do Mawaca, grupo que comemora hoje à noite seu décimo aniversário de existência com uma apresentação no Sesc Vila Mariana e o lançamento de uma caixa compilando todo o seu trabalho na última década --quatro álbuns e um CD de remixes, mais um livreto de 60 páginas com textos e fotos.
Criado pela cantora, musicista, arranjadora, compositora e pesquisadora Magda Pucci, o Mawaca é um "grupo de estudos de sonoridades do mundo", atualmente formado por sete cantoras e instrumentos como vibrafone, violoncelo, flauta, violino, acordeão, contrabaixo, saxofone, tabla e conga.
Buscando, interpretando e reinterpretando cantos indígenas, mantras indianos, temas búlgaros e canções finlandesas, portuguesas, hebraicas, africanas, japonesas, celtas, brasileiras e o que mais surgir e interessar no trabalho de pesquisa, o grupo tem como proposta "ir atrás do que há de interessante e diferente em qualquer música e traduzir isso para nossa musicalidade". "A gente busca aquele diferencial em qualquer música e trazemos para nós", explica Magda.
Ela faz questão também de dizer que detesta o rótulo "world music", que "geralmente define um pop de vigésima qualidade". Mas por que isso acontece? "Hoje em dia a world music é considerada apenas a música do Terceiro Mundo, da periferia, de quem não fala inglês. Não deixa de ser verdade, mas é mais que isso, é aquela música interessante que está escondida, esperando para ser descoberta", explica.
E o Mawaca sofre esse preconceito? "O que distancia as pessoas do Mawaca não é o som, é o conceito. Se você fala de uma música que pesquisa a sonoridade de vários lugares do mundo, a pessoa já fica 'ah, não, não é para mim', mas se ela ouve, ela gosta, sem nem saber direito como e porquê."
Mawaca
Quando: hoje, às 21h
Onde: Sesc Vila Mariana (r. Pelotas, 141, tel. 0/xx/11 5080-3000)
Quanto: R$ 15
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice