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09/02/2006
-
15h47
da Ansa, em Madri
O escritor português José Saramago classificou como "irresponsável" o autor das charges de Maomé publicadas por um jornal dinamarquês e que originaram uma onda de críticas e protestos no mundo muçulmano.
"Alguns dizem que a liberdade de expressão é um direito absoluto, o único direito absoluto que existe, enquanto todos os demais são relativos. A dura realidade impõe limites", disse o escritor, esclarecendo depois que não defende a censura.
"Não se trataria de uma autocensura, mas, sim, de usar o senso comum. Em uma situação como a que vivemos, e conhecendo as polêmicas em torno desses assuntos, o senso comum nos diria o que fazer".
Para o escritor, entrevistado pelo jornal espanhol "El País", a explosão da fúria muçulmana indica que estamos diante de um tipo de choque de civilizações, o que atribuiu à vontade de "condensar a verdade em um livro".
Segundo Saramago, assim como "aconteceu com a Bíblia, que foi usada como uma arma, com o Livro Vermelho de Mao e com Mein Kampf de Hitler, acontece com o Alcorão (..). Esses são exemplos do que ocorre quando as verdades plurais são limitadas, quando se diz que há um Deus e que todo o contrário nega a existência desse Deus".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o profeta Maomé
Leia o que já foi publicado sobre José Saramago
Saramago critica autor de charges de Maomé
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O escritor português José Saramago classificou como "irresponsável" o autor das charges de Maomé publicadas por um jornal dinamarquês e que originaram uma onda de críticas e protestos no mundo muçulmano.
"Alguns dizem que a liberdade de expressão é um direito absoluto, o único direito absoluto que existe, enquanto todos os demais são relativos. A dura realidade impõe limites", disse o escritor, esclarecendo depois que não defende a censura.
"Não se trataria de uma autocensura, mas, sim, de usar o senso comum. Em uma situação como a que vivemos, e conhecendo as polêmicas em torno desses assuntos, o senso comum nos diria o que fazer".
Para o escritor, entrevistado pelo jornal espanhol "El País", a explosão da fúria muçulmana indica que estamos diante de um tipo de choque de civilizações, o que atribuiu à vontade de "condensar a verdade em um livro".
Segundo Saramago, assim como "aconteceu com a Bíblia, que foi usada como uma arma, com o Livro Vermelho de Mao e com Mein Kampf de Hitler, acontece com o Alcorão (..). Esses são exemplos do que ocorre quando as verdades plurais são limitadas, quando se diz que há um Deus e que todo o contrário nega a existência desse Deus".
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