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15/02/2006
-
16h10
DANIELA ORTEGA
do Agora
O arranca-rabo de ontem, que acabou em tapas, foi o ápice da disputa entre Serena (Priscila Fantin) e Cristina (Flávia Alessandra) na novela das seis, depois de muitas discussões e diversas armações da vilã.
Segundo o autor da novela, Walcyr Carrasco, os telespectadores gostam desse enfrentamento das duas personagens. "O público gosta da história, entrou no clima. As pessoas torcem pelo confronto."
Flávia conta que não é fácil gravar cenas desse tipo. "Eu nunca saí na porrada com ninguém, é difícil para mim. Mas fizemos e ficou boa. Tivemos algumas seqüelas, claro." A cena da última briga resultou, para a atriz, em um joelho roxo. "Acordei toda dolorida, sem contar que, nesse dia, custei a dormir. Mas o consumo emocional da personagem é ainda maior, fico exausta."
Ela acredita que o público quer, na verdade, assistir ao sofrimento de sua personagem. "Isso é o que eles estão esperando para ver. A punição tem de vir em doses." Ana Lúcia Torre, que interpretava Débora, a mãe de Cristina, concorda: "O público sempre torce pelo conflito sério para ver como a Serena vai conseguir vencer".
A atendente de telemarketing Roberta Cavalcanti, 24, se deleita ao ver as cenas de confronto entre mocinha e vilã: "A guerra entre as duas representa a realidade, o que uma mulher é capaz de fazer por paixão". Para o funcionário público Jersey Marques Sobrinho, o melhor é que "cria expectativa".
Já Silvio de Abreu, autor de "Belíssima", diz que "o enfrentamento do bem contra o mal é o ponto alto de qualquer história". "Toda a novela enfoca algum personagem positivo e cheio de qualidades que é perseguido pelo seu oposto. Quando Maria do Carmo (Regina Duarte) enfrentava Laurinha Figueroa (Glória Menezes) em 'Rainha da Sucata' [1990], o Ibope ia às alturas, e o mesmo acontecia com Amanda (Suzana Vieira) e Andréa (Natália do Valle) em 'Cambalacho' [1986]", afirma.
Simone Wolff, doutora em sociologia pela Unicamp, diz que esse gosto pelos conflitos se justifica pelo telespectador usar as novelas para se "afastar das próprias desgraças". "O público projeta os seus próprios conflitos internos na novela para enxergar isso como algo irreal e para fugir das próprias dores."
Walcyr Carrasco, no entanto, diz que não faz as tramas pensando na audiência. "Não é assim que eu escrevo. É com minha emoção, minha intuição. Deixo fluir. Por isso nunca sei dizer porque isso ou aquilo acontece, é a história que pede."
E ainda vem muito por aí. Depois da humilhação de ser agredida e expulsa da casa de Rafael (Eduardo Moscovis), a vilã promete se vingar da índia e já planeja encomendar veneno para matar a rival.
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Tapas de Serena e Cristina esquentam "Alma Gêmea"
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do Agora
O arranca-rabo de ontem, que acabou em tapas, foi o ápice da disputa entre Serena (Priscila Fantin) e Cristina (Flávia Alessandra) na novela das seis, depois de muitas discussões e diversas armações da vilã.
Segundo o autor da novela, Walcyr Carrasco, os telespectadores gostam desse enfrentamento das duas personagens. "O público gosta da história, entrou no clima. As pessoas torcem pelo confronto."
Divulgação |
Serena e Cristina em "Alma Gêmea", já perto do fim |
Ela acredita que o público quer, na verdade, assistir ao sofrimento de sua personagem. "Isso é o que eles estão esperando para ver. A punição tem de vir em doses." Ana Lúcia Torre, que interpretava Débora, a mãe de Cristina, concorda: "O público sempre torce pelo conflito sério para ver como a Serena vai conseguir vencer".
A atendente de telemarketing Roberta Cavalcanti, 24, se deleita ao ver as cenas de confronto entre mocinha e vilã: "A guerra entre as duas representa a realidade, o que uma mulher é capaz de fazer por paixão". Para o funcionário público Jersey Marques Sobrinho, o melhor é que "cria expectativa".
Já Silvio de Abreu, autor de "Belíssima", diz que "o enfrentamento do bem contra o mal é o ponto alto de qualquer história". "Toda a novela enfoca algum personagem positivo e cheio de qualidades que é perseguido pelo seu oposto. Quando Maria do Carmo (Regina Duarte) enfrentava Laurinha Figueroa (Glória Menezes) em 'Rainha da Sucata' [1990], o Ibope ia às alturas, e o mesmo acontecia com Amanda (Suzana Vieira) e Andréa (Natália do Valle) em 'Cambalacho' [1986]", afirma.
Simone Wolff, doutora em sociologia pela Unicamp, diz que esse gosto pelos conflitos se justifica pelo telespectador usar as novelas para se "afastar das próprias desgraças". "O público projeta os seus próprios conflitos internos na novela para enxergar isso como algo irreal e para fugir das próprias dores."
Walcyr Carrasco, no entanto, diz que não faz as tramas pensando na audiência. "Não é assim que eu escrevo. É com minha emoção, minha intuição. Deixo fluir. Por isso nunca sei dizer porque isso ou aquilo acontece, é a história que pede."
E ainda vem muito por aí. Depois da humilhação de ser agredida e expulsa da casa de Rafael (Eduardo Moscovis), a vilã promete se vingar da índia e já planeja encomendar veneno para matar a rival.
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