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17/02/2006
-
11h06
DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online
Para alguns, Pantera Cor-de-Rosa foi um personagem de desenhos animados produzidos até a década de 90. Para outros, trata-se do valioso diamante cobiçado pelo ladrão de codinome Fantasma até os anos 80. Agora, as novas gerações recebem uma outra interpretação para a franquia, nos cinemas brasileiros a partir desta sexta-feira (17).
A nova versão pouco tem a ver com a história filmada por Blake Edwards, em 1963, que lançou a "Pantera Cor-de-Rosa" para o mundo e inspirou a criação do personagem rosado mais famoso da TV. Na verdade, apenas o inspetor e o diamante foram trazidos para este novo filme. Ao que parece, o humor também preferiu ficar no passado.
Jacques Clouseau (Steve Martin), um desprestigiado inspetor francês, recebe o caso mais importante de sua carreira. Ele precisa descobrir quem é o assassino do famoso treinador de futebol Yves Gluant (Jason Statham), e o mais importante: quem roubou a valiosa jóia de Gluant, conhecida como Pantera Cor-de-Rosa.
A morte acontece após uma partida entre a França e a China. Da cena do crime restaram apenas um dardo envenenado, a sexy e famosa esposa do treinador (Beyoncé Knowles), o ex-namorado da moça (William Abadie) e alguns desafetos chineses.
Resolver esse caso significa receber a cobiçada Medalha de Honra, muito almejada pelo inspetor chefe Dreyfus (Kevin Kline), que apenas escala o desastrado Clouseau a fim de ter o caminho livre para resolver o caso e levar as glórias.
Comédia pastelão
O diretor Shawn Levy foca no público apreciador de humor mais físico e menos verbal. Não há pessoa ou objeto que passem ilesos pela falta de habilidade de Clouseau. Quedas, pancadas e esbarrões se repetem para preencher os 93 minutos de fita.
Steve Martin, cabelos brancos, bigode negro à la comédia pastelão, dá um novo tom ao Clouseau imortalizado por Peter Sellers a partir da década de 60. Seu personagem monopoliza a tela e, mesmo rendendo algumas risadas, torna a trama limitada. Martin também é responsável pelo roteiro do filme.
Como um protagonista trapalhão não pode deixar de ter seus escudeiros, o eterno tipo francês Jean Reno ("Missão Impossível") faz a vez do sóbrio Gilbert Porton. Emily Mortimer ("Ponto Final") é a secretária Nicole. Para a atriz, foi "assustador" fazer a personagem.
"Contar uma piada da qual ninguém ri em um cinema é muito mais vergonhoso que estar em um palco", disse Emily.
Já Beyoncé encontra sérias dificuldades em fazer o papel de... Beyoncé. Sua personagem, "Xania", deveria encarnar a "popstar, milionária e sedutora". Mas a texana parece ter entrado em crise de identidade durante as filmagens.
"Em muitas cenas com Steve foi realmente difícil ficar no personagem, porque ele era tão engraçado e eu nunca sabia o que ele ia fazer", justificou a cantora, após a produção.
O único instante em que a ex-Destiny's Child está confortável acontece numa apresentação musical --curiosamente, é no momento em que o filme fica parecido a um clipe de música pop.
Tarã, tarã...tarã, tarã
"Pantera Cor-de-rosa" é um caso comum da indústria cinematográfica. Sua música tema faz mais sucesso do que a própria história. A composição, de Henry Mancini (1924-1994), tornou-se um dos sons mais requisitados para toques de celular --um sinal de nossos tempos.
Da apresentação do cast à última cena do filme, a canção surge em todos ritmos imagináveis. Lá pelas tantas, o que antes soava simpático começa a cansar. Qualquer semelhança com as piadas não é mera coincidência.
Bem provável que, ao sair da sala, o espectador saque seu celular e troque de "ringtone" para a 5ª Sinfonia de Beethoven ou fique com aquela da corrida de cavalos ("William Tell Overture", de Rossini).
Especial
Veja galeria de fotos do filme "A Pantera Cor-de-Rosa"
Leia o que já foi publicado sobre o filme
"Pantera Cor-de-Rosa" mistura pastelão e Beyoncé
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da Folha Online
Para alguns, Pantera Cor-de-Rosa foi um personagem de desenhos animados produzidos até a década de 90. Para outros, trata-se do valioso diamante cobiçado pelo ladrão de codinome Fantasma até os anos 80. Agora, as novas gerações recebem uma outra interpretação para a franquia, nos cinemas brasileiros a partir desta sexta-feira (17).
Divulgação |
Veja galeria de imagens do filme "A Pantera Cor-de-Rosa" |
Jacques Clouseau (Steve Martin), um desprestigiado inspetor francês, recebe o caso mais importante de sua carreira. Ele precisa descobrir quem é o assassino do famoso treinador de futebol Yves Gluant (Jason Statham), e o mais importante: quem roubou a valiosa jóia de Gluant, conhecida como Pantera Cor-de-Rosa.
Reprodução |
Onde está o humor? Nem Clouseau acha |
Resolver esse caso significa receber a cobiçada Medalha de Honra, muito almejada pelo inspetor chefe Dreyfus (Kevin Kline), que apenas escala o desastrado Clouseau a fim de ter o caminho livre para resolver o caso e levar as glórias.
Comédia pastelão
O diretor Shawn Levy foca no público apreciador de humor mais físico e menos verbal. Não há pessoa ou objeto que passem ilesos pela falta de habilidade de Clouseau. Quedas, pancadas e esbarrões se repetem para preencher os 93 minutos de fita.
Steve Martin, cabelos brancos, bigode negro à la comédia pastelão, dá um novo tom ao Clouseau imortalizado por Peter Sellers a partir da década de 60. Seu personagem monopoliza a tela e, mesmo rendendo algumas risadas, torna a trama limitada. Martin também é responsável pelo roteiro do filme.
Como um protagonista trapalhão não pode deixar de ter seus escudeiros, o eterno tipo francês Jean Reno ("Missão Impossível") faz a vez do sóbrio Gilbert Porton. Emily Mortimer ("Ponto Final") é a secretária Nicole. Para a atriz, foi "assustador" fazer a personagem.
"Contar uma piada da qual ninguém ri em um cinema é muito mais vergonhoso que estar em um palco", disse Emily.
Já Beyoncé encontra sérias dificuldades em fazer o papel de... Beyoncé. Sua personagem, "Xania", deveria encarnar a "popstar, milionária e sedutora". Mas a texana parece ter entrado em crise de identidade durante as filmagens.
"Em muitas cenas com Steve foi realmente difícil ficar no personagem, porque ele era tão engraçado e eu nunca sabia o que ele ia fazer", justificou a cantora, após a produção.
O único instante em que a ex-Destiny's Child está confortável acontece numa apresentação musical --curiosamente, é no momento em que o filme fica parecido a um clipe de música pop.
Tarã, tarã...tarã, tarã
"Pantera Cor-de-rosa" é um caso comum da indústria cinematográfica. Sua música tema faz mais sucesso do que a própria história. A composição, de Henry Mancini (1924-1994), tornou-se um dos sons mais requisitados para toques de celular --um sinal de nossos tempos.
Da apresentação do cast à última cena do filme, a canção surge em todos ritmos imagináveis. Lá pelas tantas, o que antes soava simpático começa a cansar. Qualquer semelhança com as piadas não é mera coincidência.
Bem provável que, ao sair da sala, o espectador saque seu celular e troque de "ringtone" para a 5ª Sinfonia de Beethoven ou fique com aquela da corrida de cavalos ("William Tell Overture", de Rossini).
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