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21/02/2006
-
09h09
da Folha de S. Paulo
A noite era dos irlandeses, mas a festa do U2 no estádio do Morumbi teve uma estrela brasileira: Katilce Miranda, 28, bancária de Volta Redonda (RJ), foi a felizarda puxada por Bono do meio da multidão que assistia na "hot area" ao show para dançar a música "With or Without You".
Katilce deu um beijo na boca de Bono, na despedida. "Eu não sei falar inglês, a minha língua universal é o beijo", justificou a garota, explicando não apenas seu ato, mas o fato de não ter entendido o que o vocalista lhe falou. A atitude de Katilce, aliás, deve lhe custar desavenças em casa. Seu marido, que comprou o ingresso, havia prometido largá-la se ela conseguisse seu intento: beijar Bono.
"Eu já tinha conversado com ele em casa, ele não tinha ligado muito, porque disse que minha chance de subir no palco era uma em um milhão. Mas me disse que, se eu beijasse, ia ficar sem marido."
A sorte de Katilce, puxada aleatoriamente do meio da multidão ("Quando ele apareceu, eu me joguei, subi até sem tênis", disse ela), foi precedida de sacrifícios: ela, que não assistiu ao show anterior da banda, em 1998, veio sozinha de Volta Redonda, chegou cedo, com ingresso para a pista e conseguiu ficar de frente para o palco, o mais próximo possível dos ídolos.
A recompensa
No estádio do Morumbi, a pergunta que não queria calar era: valeu a pena todo o esforço para ser um dos cerca de 73 mil presentes aqui? Antes mesmo do início do show do Franz Ferdinand, Maria Garcia, 17, estudante de publicidade já tinha a resposta: "Com certeza!", gritava com as amigas. Elas sobreviveram ao "Monday, Bloody Monday" (segunda sangrenta), como os fãs da banda apelidaram o caos do primeiro dia de venda dos ingressos, em 16 de janeiro (uma segunda). É uma referência à famosa canção "Sunday, Bloody Sunday".
Quando os escoceses do FF saíram do palco, Marina Cunha, 19, puxava alguém pelo braço: "Vamos embora, mãe?". "Eu ganhei os ingressos e trouxe minha filha, que só veio pelo Franz", contou a publicitária Silvia, 50.
Às 21h43, "Wake Up" anuncia a entrada do U2, e o estádio explode. "Tô tremendo, cara, esperei 25 anos por isso", dizia a analista financeira Juliana Motta, 25, que viajou sozinha do Rio de van e não sabia como conseguiria chegar ao trabalho às 10h.
Com a mulher, filhas e sobrinhas, o engenheiro Ricardo Franca, 48: "É uma emoção muito grande ver esses caras, que fazem um rock honesto há tanto tempo. Eu enfrentaria tudo de novo, e quer saber? Já até esqueci aquele dia maldito no supermercado".
O balanço foi positivo, numa apresentação sem problemas de som e com pouquíssimos incidentes registrados nos postos policiais e médicos. Foram apenas seis ocorrências policiais de menor gravidade e algumas pessoas socorridas por causa do calor.
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Katilce, a bancária que agarrou Bono
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A noite era dos irlandeses, mas a festa do U2 no estádio do Morumbi teve uma estrela brasileira: Katilce Miranda, 28, bancária de Volta Redonda (RJ), foi a felizarda puxada por Bono do meio da multidão que assistia na "hot area" ao show para dançar a música "With or Without You".
Rosa Bastos/Folha Imagem |
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Bono e fã sortuda, que ganhou até beijo na boca |
"Eu já tinha conversado com ele em casa, ele não tinha ligado muito, porque disse que minha chance de subir no palco era uma em um milhão. Mas me disse que, se eu beijasse, ia ficar sem marido."
A sorte de Katilce, puxada aleatoriamente do meio da multidão ("Quando ele apareceu, eu me joguei, subi até sem tênis", disse ela), foi precedida de sacrifícios: ela, que não assistiu ao show anterior da banda, em 1998, veio sozinha de Volta Redonda, chegou cedo, com ingresso para a pista e conseguiu ficar de frente para o palco, o mais próximo possível dos ídolos.
A recompensa
No estádio do Morumbi, a pergunta que não queria calar era: valeu a pena todo o esforço para ser um dos cerca de 73 mil presentes aqui? Antes mesmo do início do show do Franz Ferdinand, Maria Garcia, 17, estudante de publicidade já tinha a resposta: "Com certeza!", gritava com as amigas. Elas sobreviveram ao "Monday, Bloody Monday" (segunda sangrenta), como os fãs da banda apelidaram o caos do primeiro dia de venda dos ingressos, em 16 de janeiro (uma segunda). É uma referência à famosa canção "Sunday, Bloody Sunday".
Quando os escoceses do FF saíram do palco, Marina Cunha, 19, puxava alguém pelo braço: "Vamos embora, mãe?". "Eu ganhei os ingressos e trouxe minha filha, que só veio pelo Franz", contou a publicitária Silvia, 50.
Às 21h43, "Wake Up" anuncia a entrada do U2, e o estádio explode. "Tô tremendo, cara, esperei 25 anos por isso", dizia a analista financeira Juliana Motta, 25, que viajou sozinha do Rio de van e não sabia como conseguiria chegar ao trabalho às 10h.
Com a mulher, filhas e sobrinhas, o engenheiro Ricardo Franca, 48: "É uma emoção muito grande ver esses caras, que fazem um rock honesto há tanto tempo. Eu enfrentaria tudo de novo, e quer saber? Já até esqueci aquele dia maldito no supermercado".
O balanço foi positivo, numa apresentação sem problemas de som e com pouquíssimos incidentes registrados nos postos policiais e médicos. Foram apenas seis ocorrências policiais de menor gravidade e algumas pessoas socorridas por causa do calor.
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