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21/02/2006
-
11h14
MARY PERSIA
da Folha Online
São 21h43 quando The Edge surge no palco, em meio a uma fumaça vermelho-amarelada. O estádio lotado, uma textura de braços humanos, as cadeiras superiores forradas de gente. A espera e a confusão valeram a pena. O sonho começou.
O guitarrista dá os primeiros acordes, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. atacam, e entra ele, Bono. "Oh you look so beautiful tonight/ In the city of blinding lights", canta o líder do U2 --versos de "City of Blinding Lights" que os fãs deveriam cantar para ele, dono da noite em meio às milhares de luzes brilhantes do palco.
Como se trata de um sonho, o que no início foi uma catarse se tornou algo melhor ainda com "Vertigo". Os fãs da pista pulam, assim como os das cadeiras. Os anéis superiores do estádio balançam. Depois vem "Elevation", seguindo o início do set list do México, que em seguida sofre algumas alterações.
Eles nem precisavam ter história e clássicos. Mas têm. "New Year's Day" faz lembrar que o U2 não é apenas uma grande banda do cenário musical internacional na atualidade. A música é de um álbum lançado há mais de 20 anos ("War", 1983), quatro anos antes de "Joshua Tree", de onde vem a próxima música, "I Still Haven't Found What I'm Lookin For".
Entre uma e outra, Bono agradece ao Franz Ferdinand pela abertura do espetáculo, pede o hexa para o Brasil e saúda, em português, alguns locais do país: "Bem-vindo Amapá, bem-vindo Santa Catarina, bem-vindo Amazônia, bem-vindo a todo o Brasil!". Ele fez a lição de casa.
E fez com tanto capricho que mandou um "Ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora, o dia já vem raiando meu bem". Com um coro de mais de 70 mil pessoas, era o anúncio do começo de "Beautiful Day", um dos sucessos de "All That You Can't Leave Behind" (2000), assim como "Stuck In A Moment You Can't Get Out Of", levado por The Edge ao violão até os últimos versos, quando chegam Clayton e Mullen.
Duas faixas de "How to Dismantle an Atomic Bomb" se passam e, de repente, começa aquela batida. Mullen ainda sabe tudo dessa pegada. É ela mesmo, não mudou nada de 1983 para cá. Mas The Edge ainda precisa confirmar que é o que todos acham que é. Os primeiros acordes de "Sunday Bloody Sunday" enchem os pulmões da multidão, que canta com Bono. Se empolgação fosse pólvora...
"Bullet in the Blue Sky" vem depois, com o dono da noite deitado no chão para cantar a música que já foi regravada pelo Sepultura. Já em pé, vai de "Miss Sarajevo". É a hora do isqueiro e do celular. Um garoto sobe ao palco, fala com Bono ao microfone. Ele chora. E não deve ter sido o único com os olhos embaçados demais para ler a Declaração Universal dos Direitos Humanos, projetada no telão.
Do meio para o fim do show, o repertório foi em sua maioria um desfile de clássicos, como "Pride (In the Name of Love)" e "Where the Streets Have No Name", com um intervalo para falar sobre o Carnaval e a pobreza. "Todos temos de trabalhar juntos, como um", disse Bono. Era a deixa para "One".
Após uma breve pausa, vem "Mysterious Ways", que no set list do México era uma das primeiras. E finalmente é a vez de "With or Without You". Bono faz um convite irresistível para uma fã, que lhe faz cafuné e rouba um selinho sobre o palco. Virada para a lua, a moça.
No bis, se destaca "All Because of You", antes do final, com "Original of the Species" e "40". Mullen faz um microssolo, abandona as baquetas e deixa o palco, com seus companheiros. É quase meia-noite. O público volta à realidade.
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da Folha Online
São 21h43 quando The Edge surge no palco, em meio a uma fumaça vermelho-amarelada. O estádio lotado, uma textura de braços humanos, as cadeiras superiores forradas de gente. A espera e a confusão valeram a pena. O sonho começou.
Flávio Florido/Folha Imagem |
Show lotou estádio do Morumbi; veja galeria de fotos |
Como se trata de um sonho, o que no início foi uma catarse se tornou algo melhor ainda com "Vertigo". Os fãs da pista pulam, assim como os das cadeiras. Os anéis superiores do estádio balançam. Depois vem "Elevation", seguindo o início do set list do México, que em seguida sofre algumas alterações.
Flávio Florido/Folha Imagem |
Banda foi ovacionada |
Entre uma e outra, Bono agradece ao Franz Ferdinand pela abertura do espetáculo, pede o hexa para o Brasil e saúda, em português, alguns locais do país: "Bem-vindo Amapá, bem-vindo Santa Catarina, bem-vindo Amazônia, bem-vindo a todo o Brasil!". Ele fez a lição de casa.
Rosa Bastos/Folha Imagem |
Bono fez várias refências ao Brasil durante o show |
Duas faixas de "How to Dismantle an Atomic Bomb" se passam e, de repente, começa aquela batida. Mullen ainda sabe tudo dessa pegada. É ela mesmo, não mudou nada de 1983 para cá. Mas The Edge ainda precisa confirmar que é o que todos acham que é. Os primeiros acordes de "Sunday Bloody Sunday" enchem os pulmões da multidão, que canta com Bono. Se empolgação fosse pólvora...
Flávio Florido/Folha Imagem |
Fãs da hot area ficaram a poucos metros do U2 |
Do meio para o fim do show, o repertório foi em sua maioria um desfile de clássicos, como "Pride (In the Name of Love)" e "Where the Streets Have No Name", com um intervalo para falar sobre o Carnaval e a pobreza. "Todos temos de trabalhar juntos, como um", disse Bono. Era a deixa para "One".
Rosa Bastos/Folha Imagem |
O vocalista pediu o hexa para a seleção do Brasil |
No bis, se destaca "All Because of You", antes do final, com "Original of the Species" e "40". Mullen faz um microssolo, abandona as baquetas e deixa o palco, com seus companheiros. É quase meia-noite. O público volta à realidade.
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