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21/02/2006
-
13h04
JULIANA CARPANEZ
da Folha Online
A primeira noite do U2 em São Paulo, primeiro grande show de minha vida, foi mais tranqüila do que imaginei. Quando vi que podia ficar longe dos pontos de tumulto da pista --onde provavelmente estavam todos os fãs que acamparam no Morumbi-- percebi que de nada tinha valido minha operação de guerra: trocar sandália por tênis e eliminar a existência de minha bolsa, com medo de um possível furto.
A presença em massa de policiais militares, bombeiros e seguranças mostraram que, em terra, os shows de grande porte podem ser seguros. Foi então que meus temores se concentraram em algo inesperado para quem nunca pisou em um estádio: as ameaças que vêm pelo ar.
Para atacar uma loira que causou confusão na arquibancada, o público jogava garrafas de plástico, papéis amassados e até uma pedra. Claro que este último item, classificado como "objeto mais pesado de todos", veio em minha direção sem qualquer escala. Fui atingida na perna, enquanto via lá de baixo a loira --verdadeiro alvo do ataque-- sendo retirada por seguranças.
Também da categoria "vôos" eram os copos de cerveja que caíam da segunda arquibancada, onde ficavam os camarotes. Em um ato de solidariedade com as pessoas da pista, que não podiam comprar bebidas alcoólicas, os vips largavam os objetos de plástico lá de cima --com um pouco de sorte, o pessoal de baixo conseguia segurá-los ainda com alguma bebida.
Tudo isso chegou ao fim quando a banda subiu ao palco. Para todo lugar que se olhava, eram milhares de pessoas pulando e cantando o refrão das músicas mais famosas. Durante as pequenas pausas feitas entre as canções, o som que dominava o estádio era o dos fãs gritando o nome da banda. Tudo devidamente retribuído por Bono --em sua apresentação teve bandeira brasileira, foto de Pelé, torcida para o hexa e até o refrão "Ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora...".
Depois do show, o grande movimento nas barraquinhas de camiseta mostrou que tudo valeu a pena, da confusão da compra do ingresso até as horas de espera em frente ao estádio. Amontoados nas "lojinhas", os fãs queriam levar para casa mais uma lembrança --nem que, para isso, tivessem de desembolsar cerca de R$ 60.
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A primeira noite do U2 em São Paulo, primeiro grande show de minha vida, foi mais tranqüila do que imaginei. Quando vi que podia ficar longe dos pontos de tumulto da pista --onde provavelmente estavam todos os fãs que acamparam no Morumbi-- percebi que de nada tinha valido minha operação de guerra: trocar sandália por tênis e eliminar a existência de minha bolsa, com medo de um possível furto.
A presença em massa de policiais militares, bombeiros e seguranças mostraram que, em terra, os shows de grande porte podem ser seguros. Foi então que meus temores se concentraram em algo inesperado para quem nunca pisou em um estádio: as ameaças que vêm pelo ar.
Para atacar uma loira que causou confusão na arquibancada, o público jogava garrafas de plástico, papéis amassados e até uma pedra. Claro que este último item, classificado como "objeto mais pesado de todos", veio em minha direção sem qualquer escala. Fui atingida na perna, enquanto via lá de baixo a loira --verdadeiro alvo do ataque-- sendo retirada por seguranças.
Também da categoria "vôos" eram os copos de cerveja que caíam da segunda arquibancada, onde ficavam os camarotes. Em um ato de solidariedade com as pessoas da pista, que não podiam comprar bebidas alcoólicas, os vips largavam os objetos de plástico lá de cima --com um pouco de sorte, o pessoal de baixo conseguia segurá-los ainda com alguma bebida.
Tudo isso chegou ao fim quando a banda subiu ao palco. Para todo lugar que se olhava, eram milhares de pessoas pulando e cantando o refrão das músicas mais famosas. Durante as pequenas pausas feitas entre as canções, o som que dominava o estádio era o dos fãs gritando o nome da banda. Tudo devidamente retribuído por Bono --em sua apresentação teve bandeira brasileira, foto de Pelé, torcida para o hexa e até o refrão "Ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora...".
Depois do show, o grande movimento nas barraquinhas de camiseta mostrou que tudo valeu a pena, da confusão da compra do ingresso até as horas de espera em frente ao estádio. Amontoados nas "lojinhas", os fãs queriam levar para casa mais uma lembrança --nem que, para isso, tivessem de desembolsar cerca de R$ 60.
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