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28/03/2006 - 09h47

Depois de Salles, Gael vira astro de Babenco

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SILVANA ARANTES
da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires

O tradutor Rímini, protagonista do livro "El Pasado" (o passado), que Hector Babenco levará ao cinema, possui, na avaliação do diretor, "uma característica radical --é um trágico, um personagem sem saída, na grande tradição de alguns personagens masculinos de Dostoiévski, ou do herói existencialista de Camus".

Para interpretar esse "personagem inteiramente em desuso, fora do dicionário da contemporaneidade", o diretor escolheu o ator mexicano Gael García Bernal.

Revelado em "Amores Brutos" (Alejandro Iñárritu, 2000), Bernal ratificou a curva ascendente de sua carreira com "E Sua Mãe Também" (Alfonso Cuarón, 2001), e viveu Che Guevara em "Diários de Motocicleta" (2004), do brasileiro Walter Salles.

Como não há descrição física de Rímini em "El Pasado", Babenco concentrou-se nas características psicológicas do personagem em sua busca por um ator que o encarnasse. "Comecei a pensar em que ator poderia ter entre 29 e 30 anos e ser um jovem mais taciturno, mais quieto, mais calado, menos energizado pela modernidade "gatorade" e do esporte", diz.

Babenco sabia também o que não queria: "Alguém que tivesse um lado destrutivo, dark ou nefasto em relação ao mundo". Em resumo, Rímini deveria ser "alguém que se parecesse um pouco comigo; alguém que, desde muito jovem, se fez muitas perguntas e não encontrou muitas respostas".

Já Pauls tem dificuldade de associar a imagem de García Bernal à de Rímini. Aliás, de associar o rosto de qualquer ator ao personagem. "Essa decisão que faz o personagem passar a ter um só rosto no cinema é inteiramente brutal e antiliterária", diz.

"Gael me agrada muito, porque é muito bom ator e muito inteligente. Ao mesmo tempo, preciso revê-lo, para talvez começar a enxergá-lo como Rímini. Rímini é um personagem um pouco sem cara. Poderia ser invisível."

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