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12/05/2006
-
10h29
JAMES CIMINO
da Folha Online
A construção da novela "Cidadão Brasileiro", exibida pela Record, bebe nas fontes da realidade política brasileira, mas seu autor, Lauro César Muniz, afirma que o folhetim não deve servir de palanque nem para "gambás" e tampouco para "perfumados" --são estes os nomes das legendas na trama.
"Aproveito essa circunstância para fazer um reflexo da essência política do brasileiro, cuja consciência e ideologia --quando existem-- podem ser facilmente compradas por alguns milhões."
A professora do Núcleo de Pesquisa em Telenovelas da USP Maria Lourdes Motter afirma que o retrato feito na novela mostra aspectos importantes da política. Por exemplo, a origem dos fundos. "Sem dinheiro não se faz política, e 'Cidadão' é uma trama em que circulam muitos milhões o tempo todo. Cada hora na mão de uma pessoa diferente."
Para a professora, "Cidadão Brasileiro" pode ser um exercício de aprendizagem política, pois, quando a corrupção acontece na novela, é mostrada em detalhes e dá tempo para a reflexão. "Quando as pessoas ouvem ou lêem sobre a corrupção, nem sempre têm a dimensão da coisa", afirma.
Por fim, Motter considera que o brasileiro ainda espera um salvador da pátria e que isso é inerente ao ser humano. "As pessoas são muito balizadas pela fé, e isso é prejudicial, porque o indivíduo não age em prol da transformação, mas espera que ela aconteça de uma maneira mágica. Por isso, quando um aventureiro com pose de super-homem, como foi o caso do Collor, aparece, tem grandes chances de vencer uma eleição."
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A construção da novela "Cidadão Brasileiro", exibida pela Record, bebe nas fontes da realidade política brasileira, mas seu autor, Lauro César Muniz, afirma que o folhetim não deve servir de palanque nem para "gambás" e tampouco para "perfumados" --são estes os nomes das legendas na trama.
"Aproveito essa circunstância para fazer um reflexo da essência política do brasileiro, cuja consciência e ideologia --quando existem-- podem ser facilmente compradas por alguns milhões."
Alexandre Campbell/Folha Imagem |
O presidente Lula em campanha eleitoral |
Para a professora, "Cidadão Brasileiro" pode ser um exercício de aprendizagem política, pois, quando a corrupção acontece na novela, é mostrada em detalhes e dá tempo para a reflexão. "Quando as pessoas ouvem ou lêem sobre a corrupção, nem sempre têm a dimensão da coisa", afirma.
Por fim, Motter considera que o brasileiro ainda espera um salvador da pátria e que isso é inerente ao ser humano. "As pessoas são muito balizadas pela fé, e isso é prejudicial, porque o indivíduo não age em prol da transformação, mas espera que ela aconteça de uma maneira mágica. Por isso, quando um aventureiro com pose de super-homem, como foi o caso do Collor, aparece, tem grandes chances de vencer uma eleição."
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