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19/05/2006 - 17h42

"Da Vinci" agrada na Espanha e decepciona na França

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da Folha Online

O filme "O Código Da Vinci", que estréia nesta sexta no Brasil, arrasou nas bilheterias em seu primeiro dia de exibição na Espanha, um dos países mais católicos da Europa e berço do grupo católico conservador Opus Dei, que há dias manifesta seus protestos contra a realização de uma obra que consideram cheia de mentiras e injustiças.

O polêmico longa-metragem, baseado no livro homônimo que apresenta o Opus Dei como uma organização disposta até a matar para preservar o seu poder, foi muito bem recebido pelos primeiros espectadores que correram aos cinemas espanhóis para matar sua curiosidade.

"Achei muito bom porque há muitas perguntas que não têm resposta", assegurou Cristina, uma espanhola de 60 anos que foi ver o filme logo na primeira seção de um cinema da capital.

Apesar dos temores do Opus Dei, os primeiros espectadores, em sua maioria, não se declararam preocupados com as hipóteses religiosas levantadas pelo filme.

Já os franceses, com seu ar blasé, não deram muita atenção ao longa-metragem de Ron Howard, apesar da enorme campanha de divulgação e do sucesso do livro de Dan Brown naquele país.

Segundo o CBO Box Office, que contabiliza a arrecadação de bilheterias, 233 mil pessoas assistiram ao filme no dia de seu lançamento na França.

O número parece significativo, mas representa quase 30% do número de entradas que "Harry Potter e a Câmara Secreta" vendeu em seu primeiro dia de exibição no país.

O primeiro longa-metragem no ranking de filmes mais vistos na França em um dia de lançamento é "Táxi 2", do francês Gérard Krawczyk, com pouco mais de 800 mil ingressos vendidos.

Em segundo lugar, está "Star Wars - Episódio 3: A Vingança dos Sith". Nessa classificação, "O Código Da Vinci" ocupa apenas a 52ª posição.

Na "Big Apple"...

Mesmo com grupos religiosos convocando protestos ante as salas de cinema dos Estados Unidos, as primeiras exibições de "O Código Da Vinci" nesta sexta-feira, em Nova York, aconteceu sem grandes filas e sem quaisquer manifestações.

Na 3ª Avenida, diante um dos cinemas em que se havia anunciado um protesto, apenas um homem, que se identificou como Jack, foi visto exibindo cartaz em que se lia: "Amo o nosso Senhor Jesus Cristo". "É um mito total, que querem promover como um fato", criticou o solitário manifestante, referindo-se ao polêmico livro de Dan Brown.

A exibição do filme em outros pontos do país é que dará a verdadeira medida dos protestos, que, até agora, não fazem jus às reclamações de alguns líderes religiosos.

"Nunca na história do cinema a memória de nosso Senhor Jesus Cristo e a fé dos cristãos foi um alvo tão explícito de injúrias e deboches", lamentou Marc Balestrieri, presidente da De Fide, uma associação religiosa.

"Todos os cristãos estão moralmente obrigados a condenar e boicotar este filme e pedir contas a seus responsáveis pelas mentiras descritas como uma história verdadeira", acrescentou.

Outro grupo, o Seminário Teológico de Westminster, com centros na Filadélfia e Texas, recorreram à França, um dos países mais detestados pelos conservadores americanos, para fazer campanha contra o filme.

"Se você acredita em 'O Código Da Vinci', já pode começar a adorar os franceses", afirmam no anúncio publicado nesta sexta-feira no jornal USA Today.

Com agências internacionais

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