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07/06/2006
-
15h11
DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online
Apesar de ter ficado fora da Fashion Rio Primavera/Verão 2006-2007, a polêmica grife de prostitutas Daspu não quer perder a badalação que toma a capital carioca nesta semana. O grupo já tem data marcada para seu contra-ataque ao mainstream fashionista: um desfile paralelo, sexta-feira (9), no Circo Voador.
No evento, a marca criada pelas prostitutas da ONG Davida lança sua primeira linha completa de roupas, inspirada no universo caminhoneiro e com um nome insinuante: "Daspu na Pista - BR 69". A linha vem com saias, vestidos, tops, shorts, macacões, bermudas, calças e até biquínis. As camisetas terão mensagens como "Me aprecie com moderação" e "As mulheres perdidas são as mais encontradas".
"Eles [organização da Fashion Rio] nunca nos convidaram e eu tenho certeza de que é preconceito. Então vamos aproveitar que a mídia de moda vai estar toda aqui", diz a idealizadora da linha, Rafaela Monteiro, 27.
Segundo a estilista, o suposto preconceito com a grife é fruto de conservadorismo. "Isto porque estamos num país completamente católico", afirma Rafaela, na Daspu há três meses.
Neste desfile a grife não conta apenas com prostitutas na passarela. "Nós vamos brincar com a idéia de que uma prostituta tem algo que demonstre isso. Prostitutas e não-prostitutas estarão na pista. Vamos ver se conseguem diferenciar", desafia.
O desfile começa às 19h. Ao meio-dia, a Moda Fusion anuncia um projeto social que une Daspu e os looks da estilista francesa Fifi no desenvolvimento de lingeries.
A assessoria da Fashion Rio se limitou a dizer que, para participar dos desfiles, é necessário encaminhar projetos para a organização do evento, o que a Daspu nunca teria feito. Estes projetos, ainda segundo a assessoria, são votados e escolhidos por "pessoas da moda".
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Daspu acusa Fashion Rio de preconceito e faz desfile paralelo
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da Folha Online
Apesar de ter ficado fora da Fashion Rio Primavera/Verão 2006-2007, a polêmica grife de prostitutas Daspu não quer perder a badalação que toma a capital carioca nesta semana. O grupo já tem data marcada para seu contra-ataque ao mainstream fashionista: um desfile paralelo, sexta-feira (9), no Circo Voador.
No evento, a marca criada pelas prostitutas da ONG Davida lança sua primeira linha completa de roupas, inspirada no universo caminhoneiro e com um nome insinuante: "Daspu na Pista - BR 69". A linha vem com saias, vestidos, tops, shorts, macacões, bermudas, calças e até biquínis. As camisetas terão mensagens como "Me aprecie com moderação" e "As mulheres perdidas são as mais encontradas".
"Eles [organização da Fashion Rio] nunca nos convidaram e eu tenho certeza de que é preconceito. Então vamos aproveitar que a mídia de moda vai estar toda aqui", diz a idealizadora da linha, Rafaela Monteiro, 27.
Segundo a estilista, o suposto preconceito com a grife é fruto de conservadorismo. "Isto porque estamos num país completamente católico", afirma Rafaela, na Daspu há três meses.
Neste desfile a grife não conta apenas com prostitutas na passarela. "Nós vamos brincar com a idéia de que uma prostituta tem algo que demonstre isso. Prostitutas e não-prostitutas estarão na pista. Vamos ver se conseguem diferenciar", desafia.
O desfile começa às 19h. Ao meio-dia, a Moda Fusion anuncia um projeto social que une Daspu e os looks da estilista francesa Fifi no desenvolvimento de lingeries.
A assessoria da Fashion Rio se limitou a dizer que, para participar dos desfiles, é necessário encaminhar projetos para a organização do evento, o que a Daspu nunca teria feito. Estes projetos, ainda segundo a assessoria, são votados e escolhidos por "pessoas da moda".
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