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28/06/2006
-
10h23
RAFAEL CARIELLO
da Folha de S.Paulo
"Casa Lambida" é nome da instalação-protesto realizada segunda à tarde numa das rampas "antimendigo" do vão que dá acesso à av. Paulista, em São Paulo, por uma dúzia de jovens artistas capitaneados por Floriana Breyer, 23.
A obra se sobrepôs à "instalação" anterior: a rampa de superfície áspera feita pela Prefeitura de São Paulo na gestão de José Serra (2005-2006) na passagem subterrânea que liga a Paulista à av. Doutor Arnaldo para impedir que o local servisse como abrigo e dormitório para os mendigos da região.
Sobre a polêmica obra, colaram cartazes com desenhos de telhas, ao longo de toda a parte inclinada e áspera, e outros que simulavam porta e janela, na lateral. "Fiz essa proposta de fazer da rampa uma casa", disse Breyer, rodo molhado de cola na mão, capacete verde na cabeça, vestindo uma longa capa de chuva adornada com um papagaio (periquito?) no lado direito do peito.
A estudante de artes plásticas da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) disse que a rampa representa "uma forma muito agressiva" de remoção de pessoas. Chamou os amigos para "levantar a discussão sobre o espaço público e o trabalho coletivo".
A obra é também seu trabalho de conclusão de curso. Breyer disse que não tem medo de ser reprovada e confia que seus professores passarão pelo local para lhe dar uma nota. "Eles vão ter de se virar para entender essa nova história aí."
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da Folha de S.Paulo
"Casa Lambida" é nome da instalação-protesto realizada segunda à tarde numa das rampas "antimendigo" do vão que dá acesso à av. Paulista, em São Paulo, por uma dúzia de jovens artistas capitaneados por Floriana Breyer, 23.
Raimundo Pacco/Folha Imagem |
A artista Floriana Breyer em frente à instalação |
Sobre a polêmica obra, colaram cartazes com desenhos de telhas, ao longo de toda a parte inclinada e áspera, e outros que simulavam porta e janela, na lateral. "Fiz essa proposta de fazer da rampa uma casa", disse Breyer, rodo molhado de cola na mão, capacete verde na cabeça, vestindo uma longa capa de chuva adornada com um papagaio (periquito?) no lado direito do peito.
A estudante de artes plásticas da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) disse que a rampa representa "uma forma muito agressiva" de remoção de pessoas. Chamou os amigos para "levantar a discussão sobre o espaço público e o trabalho coletivo".
A obra é também seu trabalho de conclusão de curso. Breyer disse que não tem medo de ser reprovada e confia que seus professores passarão pelo local para lhe dar uma nota. "Eles vão ter de se virar para entender essa nova história aí."
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