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14/07/2006
-
16h21
PAULA BUSTAMANTE
da France Presse, em Los Angeles
Apesar de seus 43 anos, o ator americano Johnny Depp ainda ostenta o rótulo de menino rebelde de Hollywood. Pouco adiantam sua pública estabilidade sentimental, as declarações de pai exemplar e a estável carreira de ator --nem sempre elogiada, mas que o tornou uma atração para a bilheteria.
"Por mais de 20 anos os estúdios de cinema me puseram rótulo de ator fracassado, razão pela qual tive de rodar durante esse tempo muitos filmes independentes", disse recentemente o ator em Los Angeles, ao promover a seqüência de "Piratas do Caribe 2 - O Baú da Morte", um recorde de bilheteria nos Estados Unidos em seu fim de semana de estréia.
Para o ator, a melhor coisa que fez até agora foram os filmes dirigidos por seu amigo Tim Burton, conforme disse na mesma coletiva à imprensa.
Sua interpretação magistral na saga "Piratas do Caribe", da Disney, no qual encarna o capitão Jack Sparrow --inspirando-se, segundo confessou, nos trejeitos de Keith Richards, do Rolling Stones--, foi novamente consagrada com uma bilheteria que reforça a tese de que os papéis mais extravagantes é que marcaram sua carreira, iniciada por acaso em meados dos anos 1980, depois de passar férias com sua primeira esposa, Lori A. Depp, em Los Angeles --onde conheceu Nicolas Cage.
Após essa viagem, na qual decidiu pendurar a guitarra que o levou por clubes noturnos da Flórida, tocando canções de rock-pop, teve uma breve experiência na televisão com o seriado "Anjos da Lei", trabalho lhe valeu a fama entre as adolescentes.
Mas foi com "Edward Mãos de Tesoura", "Dom Juan de Marco", "Ed Wood", "A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça" e "A Fantástica Fábrica de Chocolate" que o público sentiu na interpretação de Depp uma força maior --e também alguns maneirismos de Michael Jackson--, que lhe valeu todos os elogios da crítica.
Em contrapartida, papéis como Raoul Duke em "Medo e Delírio" (1998), escrito por seu amigo Hunter S. Thompson, que morreu em 2005, e para quem pagou um extravagante funeral no Grand Canyon, no Colorado, ou o traficante George Jung em "Profissão de Risco" (2001), nunca convenceram os críticos de cinema.
"Não se deve superestimar sua popularidade", disse à agência France Presse Lew Harris, editor-chefe do site especializado na indústria cinematorgáfica Movies.com. "As pessoas o amam quando desempenha papéis estranhos como Jack Sparrow, mas ele pode ficar sem papel se fizermos uma lista de seus filmes que fracassaram recentemente, como 'O Libertino', 'Do Inferno' e 'Era uma Vez no México'", acrescentou.
A lista de filmes "lamentáveis" (nas palavras de Harris) que Depp fez "é muito, muito mais longa do que a de seus sucessos. E está repleta de papéis dignos de serem esquecidos por completo", sentenciou o editor. Enquanto conquista um público novo e mais abrangente com "Piratas", para críticos como o editor do Movie.com, contemporâneos de Depp como Sean Penn ou Edward Norton talvez sejam melhores.
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da France Presse, em Los Angeles
Apesar de seus 43 anos, o ator americano Johnny Depp ainda ostenta o rótulo de menino rebelde de Hollywood. Pouco adiantam sua pública estabilidade sentimental, as declarações de pai exemplar e a estável carreira de ator --nem sempre elogiada, mas que o tornou uma atração para a bilheteria.
"Por mais de 20 anos os estúdios de cinema me puseram rótulo de ator fracassado, razão pela qual tive de rodar durante esse tempo muitos filmes independentes", disse recentemente o ator em Los Angeles, ao promover a seqüência de "Piratas do Caribe 2 - O Baú da Morte", um recorde de bilheteria nos Estados Unidos em seu fim de semana de estréia.
Para o ator, a melhor coisa que fez até agora foram os filmes dirigidos por seu amigo Tim Burton, conforme disse na mesma coletiva à imprensa.
Sua interpretação magistral na saga "Piratas do Caribe", da Disney, no qual encarna o capitão Jack Sparrow --inspirando-se, segundo confessou, nos trejeitos de Keith Richards, do Rolling Stones--, foi novamente consagrada com uma bilheteria que reforça a tese de que os papéis mais extravagantes é que marcaram sua carreira, iniciada por acaso em meados dos anos 1980, depois de passar férias com sua primeira esposa, Lori A. Depp, em Los Angeles --onde conheceu Nicolas Cage.
Após essa viagem, na qual decidiu pendurar a guitarra que o levou por clubes noturnos da Flórida, tocando canções de rock-pop, teve uma breve experiência na televisão com o seriado "Anjos da Lei", trabalho lhe valeu a fama entre as adolescentes.
Mas foi com "Edward Mãos de Tesoura", "Dom Juan de Marco", "Ed Wood", "A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça" e "A Fantástica Fábrica de Chocolate" que o público sentiu na interpretação de Depp uma força maior --e também alguns maneirismos de Michael Jackson--, que lhe valeu todos os elogios da crítica.
Em contrapartida, papéis como Raoul Duke em "Medo e Delírio" (1998), escrito por seu amigo Hunter S. Thompson, que morreu em 2005, e para quem pagou um extravagante funeral no Grand Canyon, no Colorado, ou o traficante George Jung em "Profissão de Risco" (2001), nunca convenceram os críticos de cinema.
"Não se deve superestimar sua popularidade", disse à agência France Presse Lew Harris, editor-chefe do site especializado na indústria cinematorgáfica Movies.com. "As pessoas o amam quando desempenha papéis estranhos como Jack Sparrow, mas ele pode ficar sem papel se fizermos uma lista de seus filmes que fracassaram recentemente, como 'O Libertino', 'Do Inferno' e 'Era uma Vez no México'", acrescentou.
A lista de filmes "lamentáveis" (nas palavras de Harris) que Depp fez "é muito, muito mais longa do que a de seus sucessos. E está repleta de papéis dignos de serem esquecidos por completo", sentenciou o editor. Enquanto conquista um público novo e mais abrangente com "Piratas", para críticos como o editor do Movie.com, contemporâneos de Depp como Sean Penn ou Edward Norton talvez sejam melhores.
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