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08/08/2006
-
09h42
THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo
O diretor de programação Zico Góes diz à Folha que a MTV precisa criar "formatos de televisão". Para ele, canal aproximou público do artista e "Ídolos" é cafona.
Folha - Qual a importância da MTV dentro da música pop?
Zico Góes - A MTV aproximou música e artista do público. Além disso, deu oportunidade ao público de conhecer novos artistas. Sem falar na revolução da TV. A MTV não é uma televisão apenas de música, mas uma televisão diferente.
Folha - A MTV passou de emissora musical para emissora de programas jovens. Só música não segura audiência?
Góes - Isso mesmo. A música não é suficiente para segurar audiência, e queríamos fazer algo mais relevante. Não nos conformaríamos em apenas exibir clipes e shows. Queremos criar formatos de televisão. A MTV inventou o "reality show".
Folha - Quem assiste à MTV? A emissora sempre afirmou não se preocupar com Ibope...
Góes - Basicamente o público vai de 15 a 29 anos. O Ibope não é ferramenta para medir o sucesso em uma TV segmentada. Nós somos segmentados, falamos com público pequeno. No dia em que começarmos a falar não apenas com o jovem, mas com o pai dele, a avó dele, deixaremos de ser a MTV para sermos uma TV generalista.
Folha - "Ídolos" fez sucesso tanto lá fora quanto aqui. Não foi uma comida de bola da MTV não ter feito um programa desse tipo?
Góes - A MTV é uma TV musical e do jovem, mas ela não é de toda música nem de todo jovem. Tem de haver identidade. Não tocamos pagode, por exemplo. O "Ídolos" é um programa cafona, é um formato cafona. Dá audiência, mas não combina com o nosso jeito. Somos mais transgressores.
Folha - Mas a MTV se apóia em fórmulas antigas, como programas de auditório, de namoro...
Góes - Na MTV, tem desde o programa mais ousado, que ninguém pensou em fazer, até a adaptação de programas clássicos, mas do jeito MTV de ser.
Folha - Muito se fala em jabá nas rádios. Na MTV existe jabá?
Góes - Na MTV não existe jabá. Pressão sempre vai ter, porque as gravadoras, bem ou mal, são parceiras nesse negócio ou parte da parceria tem a ver com elas. Os videoclipes são dos caras, os artistas são deles. Mas a MTV manda nela mesma.
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O diretor de programação Zico Góes diz à Folha que a MTV precisa criar "formatos de televisão". Para ele, canal aproximou público do artista e "Ídolos" é cafona.
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Zico Góes - A MTV aproximou música e artista do público. Além disso, deu oportunidade ao público de conhecer novos artistas. Sem falar na revolução da TV. A MTV não é uma televisão apenas de música, mas uma televisão diferente.
Folha - A MTV passou de emissora musical para emissora de programas jovens. Só música não segura audiência?
Góes - Isso mesmo. A música não é suficiente para segurar audiência, e queríamos fazer algo mais relevante. Não nos conformaríamos em apenas exibir clipes e shows. Queremos criar formatos de televisão. A MTV inventou o "reality show".
Folha - Quem assiste à MTV? A emissora sempre afirmou não se preocupar com Ibope...
Góes - Basicamente o público vai de 15 a 29 anos. O Ibope não é ferramenta para medir o sucesso em uma TV segmentada. Nós somos segmentados, falamos com público pequeno. No dia em que começarmos a falar não apenas com o jovem, mas com o pai dele, a avó dele, deixaremos de ser a MTV para sermos uma TV generalista.
Folha - "Ídolos" fez sucesso tanto lá fora quanto aqui. Não foi uma comida de bola da MTV não ter feito um programa desse tipo?
Góes - A MTV é uma TV musical e do jovem, mas ela não é de toda música nem de todo jovem. Tem de haver identidade. Não tocamos pagode, por exemplo. O "Ídolos" é um programa cafona, é um formato cafona. Dá audiência, mas não combina com o nosso jeito. Somos mais transgressores.
Folha - Mas a MTV se apóia em fórmulas antigas, como programas de auditório, de namoro...
Góes - Na MTV, tem desde o programa mais ousado, que ninguém pensou em fazer, até a adaptação de programas clássicos, mas do jeito MTV de ser.
Folha - Muito se fala em jabá nas rádios. Na MTV existe jabá?
Góes - Na MTV não existe jabá. Pressão sempre vai ter, porque as gravadoras, bem ou mal, são parceiras nesse negócio ou parte da parceria tem a ver com elas. Os videoclipes são dos caras, os artistas são deles. Mas a MTV manda nela mesma.
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