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11/08/2006
-
10h52
da Folha Online
O teledramaturgo paulistano Silvio de Abreu, 63, se mostra cético com o interesse de Hollywood por atores brasileiros, como Rodrigo Santoro, escalado para o seriado "Lost", e Juliana Paes, que contratou um agente para representá-la nos EUA.
Para o autor de "Belíssima", é muito difícil fugir dos clichês que reservam os americanos para os artistas latinos. Na sua avaliação, o pior é o ator perder tempo com papéis medíocres lá fora, sacrificando uma carreira promissora no Brasil.
"Hollywood é impiedosa com atores latinos. É muito difícil fugir dos clichês dos americanos. É por isso que Fernanda Montenegro recusou convites para trabalhar lá. Faria apenas papel de índia ou empregada. Ou ficaria jogada, como ocorre com a atriz [espanhola] Penélope Cruz. Se tivesse ficado no Brasil, Sonia Braga talvez estivesse hoje melhor."
Neste mês, Sonia Braga quebra o jejum e volta à telinha da Globo com participação na novela "Páginas da Vida", que substituiu "Belíssima" na faixa das 21h.
Nos próximos anos, Abreu vai se debruçar sobre as questões de Hollywood com artistas latinos. Ele diz que renovou seu contrato com a Globo e vai escrever uma minissérie sobre a cantora luso-brasileira Carmen Miranda (1909-1955), baseada na biografia escrita por Ruy Castro, com exibição prevista para 2009 na Globo. A direção ficará a cargo de Carlos Manga, que foi homenageado em "Belíssima" ao dirigir a peça das personagens Mary Montila (Carmem Verônica) e Guida Guevara (Iris Bruzzi).
A "Brazilian Bombshell" (algo como dinamite brasileira), como era chamada a "Pequena Notável", popularizou seus turbantes e balangandãs na América, onde atuou no cinema e no teatro nos anos 40 e 50. Na época, seus filmes eram vistos como peças de uma estratégia de aproximação cultural, com fins comerciais, dos EUA com a América Latina --uma teoria contestada atualmente.
Antes de se dedicar ao projeto sobre Carmen Miranda, o autor de "Belíssima" vai tirar um período de descanso. Ontem à noite, ele conferiu a estréia da peça "Achadas e Perdidas", protagonizada pela atriz Maitê Proença, no teatro Cultura Artística, em São Paulo.
Ele contou que "Belíssima", sua última novela das 21h, estreou com sucesso na Grécia no começo do mês e que o final da trama não será alterada por lá, como ocorreu com a exibição de "A Próxima Vítima" (1995) no exterior.
Sobre a renovação de seu contrato, Abreu diz que a decisão já foi tomada, mas não ficou ainda definido até quando vai vigorar o novo acordo. No fim do mês passado, o colunista Daniel Castro, da Folha, havia informado que a Globo queria Abreu até 2014.
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Hollywood é impiedosa com latinos, diz autor de "Belíssima"
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O teledramaturgo paulistano Silvio de Abreu, 63, se mostra cético com o interesse de Hollywood por atores brasileiros, como Rodrigo Santoro, escalado para o seriado "Lost", e Juliana Paes, que contratou um agente para representá-la nos EUA.
Para o autor de "Belíssima", é muito difícil fugir dos clichês que reservam os americanos para os artistas latinos. Na sua avaliação, o pior é o ator perder tempo com papéis medíocres lá fora, sacrificando uma carreira promissora no Brasil.
Rogerio Cassimiro/Folha Imagem |
Silvio de Abreu vai escrever minissérie sobre Carmen Miranda para exibição em 2009 |
Neste mês, Sonia Braga quebra o jejum e volta à telinha da Globo com participação na novela "Páginas da Vida", que substituiu "Belíssima" na faixa das 21h.
Nos próximos anos, Abreu vai se debruçar sobre as questões de Hollywood com artistas latinos. Ele diz que renovou seu contrato com a Globo e vai escrever uma minissérie sobre a cantora luso-brasileira Carmen Miranda (1909-1955), baseada na biografia escrita por Ruy Castro, com exibição prevista para 2009 na Globo. A direção ficará a cargo de Carlos Manga, que foi homenageado em "Belíssima" ao dirigir a peça das personagens Mary Montila (Carmem Verônica) e Guida Guevara (Iris Bruzzi).
A "Brazilian Bombshell" (algo como dinamite brasileira), como era chamada a "Pequena Notável", popularizou seus turbantes e balangandãs na América, onde atuou no cinema e no teatro nos anos 40 e 50. Na época, seus filmes eram vistos como peças de uma estratégia de aproximação cultural, com fins comerciais, dos EUA com a América Latina --uma teoria contestada atualmente.
Antes de se dedicar ao projeto sobre Carmen Miranda, o autor de "Belíssima" vai tirar um período de descanso. Ontem à noite, ele conferiu a estréia da peça "Achadas e Perdidas", protagonizada pela atriz Maitê Proença, no teatro Cultura Artística, em São Paulo.
Ele contou que "Belíssima", sua última novela das 21h, estreou com sucesso na Grécia no começo do mês e que o final da trama não será alterada por lá, como ocorreu com a exibição de "A Próxima Vítima" (1995) no exterior.
Sobre a renovação de seu contrato, Abreu diz que a decisão já foi tomada, mas não ficou ainda definido até quando vai vigorar o novo acordo. No fim do mês passado, o colunista Daniel Castro, da Folha, havia informado que a Globo queria Abreu até 2014.
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